Há apenas uns dias, o povo pequeno do Reino Unido censurou a União Europeia por entendê-la como rede hermética, corrupta e contrária aos seus interesses.
Berlim e Bruxelas poderiam, em peculiar manifestação de sensatez, ter compreendido o que lá se passou, sabido interpretar a indignação popular e agarrado a complexa, quase impossível tarefa de erguer uma UE sintonizada com a vontade das nações do continente.
Extraordinariamente, elegeram o caminho contrário. Onde o referendo britânico clama por soberania, Berlim replica com mais pressão e centralismo; onde lastima uma UE rendida ao solipsismo liberal e à opressão financeira, responde com a reiteração da tirania.
Não entenderam, entendem ou entenderão seja o que for. A liberdade constrói-se saindo.