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Ano do Reino Unido na Casa da Música

A Casa da Música, no Porto, inaugura esta quinta-feira (19 de janeiro) o ano dedicado ao Reino Unido, escolhido pelo “património musical de primeira grandeza” que, segundo o diretor artístico, António Jorge Pacheco, “para muitos será com certeza uma grande revelação”.

A relação “histórica, mercantil e sanguínea ancestral” entre Portugal e a Inglaterra, a existência de uma comunidade britânica no Porto, que “faz parte da história da cidade”, e “a urgência” em partilhar com o público “um património musical de primeira grandeza”, motivaram a escolha do Reino Unido como país temático 2017, disse  o diretor artístico da Casa da Música.

O ano britânico arranca com a “Casa Aberta”, iniciativa que decorre até domingo: haverá música em todo o edifício, visitas guiadas pelos diferentes espaços, exposições e oficinas, além de concertos dos agrupamentos residentes.

No âmbito deste festival de quatro dias, intitulado “God Save The Queen!”, o concerto oficial de abertura está programado para as 21h00 de sexta-feira, com a Orquestra Sinfónica da Casa da Música a mostrar “a música britânica de várias épocas, com especial relevância para uma obra do compositor em residência na Casa este ano, Harrison Birtwistle, considerado o mais relevante compositor britânico e no panorama europeu da atualidade”, afirmou o diretor artístico.

No sábado haverá a conferência “O Impacto do Brexit na vida musical britânica”, tema que “não está ainda a ser discutido, sobretudo no Reino Unido, mas que motiva preocupações”, disse. Segundo o diretor artístico, “há várias preocupações no meio musical britânico, nomeadamente o virem a ficar isolados na ilha devido a, por exemplo, barreiras alfandegárias e outras”. A conferência, organizada em colaboração com o British Council, conta com a presença de Nicholas Kenyon, director do Barbican Centre e organizador dos Proms (festival de música anual londrino) durante uma década.

Já o “To Be or Not to Britten” é um espetáculo de teatro musical que estará também em destaque no sábado, bem como a apresentação pelo Remix Ensemble da estreia nacional de uma obra emblemática que terá no centro do concerto Harrison Birtwistle.

Os quatro dias da “Casa Aberta” terminarão no domingo ao fim da tarde, com o Coro da Casa da Música a mostrar momentos importantes da vida coral britânica, desde a Renascença até aos nossos dias.

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