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Ano eleitoral em França vai contar com “a força lusa”

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O ano eleitoral em França vai contar com “a presença, com o dinamismo, com a força lusa cada vez mais crescente”, afirmou, este sábado, em Paris, Paulo Marques, presidente da Cívica, associação de autarcas de origem portuguesa em França.

“No ano eleitoral é mais fácil para os autarcas de origem portuguesa mostrar a sua presença, a sua dinâmica, o seu profissionalismo, a sua competência em termos de participação cívica e política e obviamente que os vários candidatos vão contar com a presença, com o dinamismo, com a força lusa cada vez mais crescente no que diz respeito a participação cívica e política”, disse.

Paulo Marques, que falou aos jornalistas no final de um encontro da Associação Cívica na Câmara Municipal do 7.º bairro de Paris, disse ainda que a associação vai preparar “uma campanha de informação sobre a votação em geral” e que vai visitar “vários territórios” com o objetivo de dar mais visibilidade aos autarcas de origem portuguesa.

O presidente da Cívica sublinhou que em 1995 havia cerca de “300 autarcas franceses de origem portuguesa em toda a França” e “hoje são mais de 4.000”.

Ana Maria de Almeida, vereadora na cidade de La Queue-en-Brie, nos arredores de Paris, disse à Lusa esperar que os franco-portugueses se mobilizem para o ano eleitoral em França.

“Estamos no país onde a gente vive e os portugueses podem participar desde que tenham a nacionalidade francesa. Há que utilizar esse direito de voto. Noto um interesse, embora não seja assim tão significativo como a gente quisesse, mas acho que há interesse porque a França está numa situação bastante complicada e os franceses de origem portuguesa apercebem-se que têm de se mobilizar para poder mudar um bocadinho as coisas”, referiu.

Ainda que só os portugueses que adquiriram também a nacionalidade francesa possam votar nas eleições presidenciais e legislativas deste ano em França, Jean-Pierre dos Santos, autarca em Andresy, a cerca de 30 quilómetros de Paris, afirmou à Lusa que a comunidade “tem peso e cada vez mais” nas urnas.

“Antigamente, os portugueses não se interessavam muito. Mas a gente nunca teve tanta solicitação da parte dos candidatos para nos virem encontrar a nós, comunidade portuguesa, e à Cívica também”, adiantou o membro do Conselho de Administração da Cívica.

Também Fernando Rodrigues, conselheiro municipal na cidade de Meaux, a cerca de 50 quilómetros de Paris, comentou que hoje os portugueses “têm peso eleitoral”.

“Os portugueses hoje estão completamente integrados e interessam-se pela política, sobretudo local, o que não era o caso há alguns anos. Na minha cidade, com mais de 55 mil habitantes, há mais de dez mil portugueses. É muito importante”, indicou.

Rachida Dati, presidente da Câmara do 7.º bairro de Paris e antiga ministra da Justiça, deu as boas-vindas aos participantes no encontro e elogiou o rigor da comunidade portuguesa, que descreveu como “muito politizada”.

“Não tenho uma abordagem comunitária das eleições nem uma abordagem eleitoralista. As associações portuguesas, quando funcionam, funcionam muito bem. Mesmo quando fui ministra, verifiquei que são pessoas muito sérias e rigorosas. É uma comunidade muito politizada relativamente ao país em que está integrada e para nós é interessante”, declarou Rachida Dati à Lusa.

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