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Associação portuguesa propõe livros aos jovens de Bissau

A associação portuguesa Afectos com Letras instalou quatros armários com livros em espaços públicos da capital da Guiné-Bissau.

Ao longe podem parecer marcos de correio, em madeira, mas ao abrir a portinhola de vidro, descobre-se que cada um deles guarda 100 livros, para crianças, jovens e romances para adultos.

Na inauguração, a presidente da Afectos com Letras, Joana Benzinho, salientou a importância de levar literatura até Bissau e promover a leitura entre as crianças guineenses, num país “com dificuldades para se ter acesso a livros”, notou.

De acordo com os mais recentes dados do Ministério da Educação da Guiné-Bissau, datados de 2014, metade da população com mais de 15 anos não sabe ler.

Para remar contra a maré, a partir de hoje é possível ler livros nas praças Titina Silá, Mártires de Pindjiguiti, Praça dos Heróis Nacionais e ainda na Praça Che Guevara.

O projeto “Ler é um prazer” apenas pede que os livros sejam devolvidos, já que junto às caixas de madeira não haverá nenhum vigilante.

Joana Benzinho disse acreditar no sucesso da iniciativa hoje inaugurada com uma cerimónia na Praça Titina Silá, em Bissau, e que a organização pretende alargar para o resto do país.

O presidente da Câmara Municipal de Bissau, Adriano Ferreira, enalteceu a importância da iniciativa, “prontamente apoiada” pela autarquia, em prol do reforço do saber das crianças e jovens guineenses, frisou.

“Como dizia Amílcar Cabral, aprender e aprender sempre até morrer”, referiu, aludindo a uma das ideias do fundador das nacionalidades guineense e cabo-verdiana.

O presidente da Câmara prometeu dar “todo o apoio” para que a iniciativa da Afectos com Letras possa ser multiplicada em Bissau e noutras localidades do país.

Adriano Ferreira apelou ainda aos citadinos de Bissau no sentido de cultivarem a vontade de leitura, assim como de oferecerem livros para estas novas zonas públicas de leitura.

A Guiné-Bissau possui uma única biblioteca pública no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), mas cujo grosso dos livros foi vandalizado ou extraviado durante a guerra civil de 1998/99.

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