Augusto Inácio, antigo treinador do Sporting CP e Moreirense, esteve retido nas instalações do Zamalek, impedido de sair por seguranças do clube egípcio, numa situação de tensão que obrigou à intervenção da embaixada portuguesa.

“As pessoas da embaixada deram-me prontamente o seu apoio, a partir do momento em que entraram ficou tudo serenado”, contou o treinador português à SIC Notícias.

Depois de ter estado reunido esta quinta-feira com o controverso líder do Zamalek, Augusto Inácio já chegou a acordo com Mortada Mansour para a rescisão do contrato que o ligava com o clube egípcio, ao qual tinha chegado há apenas três meses.

A decisão, já esperada depois da troca de declarações entre as duas partes nos últimos dias, ficou consumada na sequência da controversa reunião entre os treinador português e o presidente do Zamalek, que obrigou mesmo à presença de elementos da segurança da embaixada de Portugal no Cairo, face ao facto de Inácio ter sido retido nas instalações do clube egípcio.

No acordo de rescisão ficou definida uma compensação financeira para Augusto Inácio e os seus três adjuntos. Um valor que, segundo apurámos, será na ordem dos 55 mil euros, uma verba bastante inferior à que os técnicos portugueses teriam direito por contrato.

Questionado sobre se pondera regressar ao voltar futebol egípcio, Augusto Inácio disse que não ia “confundir esta pessoa com as outras todas”, assumindo que naquele país “há uma mentalidade completamente diferente; há uma organização completamente diferente, mas não posso comparar este caso com outras pessoas”.