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BPI despede 50 empregados em França

Mais de 50 trabalhadores da sucursal do BPI em França vão sair do banco até final de março, na sequência do encerramento de sete agências no país, disseram à Lusa fontes sindicais.

No final de janeiro, o BPI encerrou definitivamente as agências da sucursal de França localizadas em Argenteuil, Boulogne, Champigny, Drancy, Melun, Saint Germain e Villejuif, mantendo em funcionamento apenas a agência sede, em Paris, e a agência de Lyon.

Este emagrecimento da rede comercial vai ser acompanhado pela saída de mais de 50 trabalhadores.

Segundo confirmaram à Lusa fontes sindicais, nos últimos meses, o BPI esteve a negociar com os sindicatos franceses as condições financeiras de saída destes trabalhadores com supervisão das autoridades laborais francesas.

Uma parte dos funcionários sairá definitivamente do BPI já no final deste mês e os restantes em fim de março.

Há ainda dois trabalhadores que pertencem aos quadros do BPI em Portugal que estavam deslocados em França e que voltarão aos seus lugares de origem.

A Lusa contactou o BPI sobre este assunto, mas não recebeu qualquer informação de fonte oficial.

O BPI tem vindo, nos últimos anos, a reduzir o número de trabalhadores. Aliás, o emagrecimento de estruturas tem sido comum aos principais bancos que operam em Portugal, numa tentativa de melhorarem os seus resultados.

A redução de trabalhadores do BPI vai continuar, após o fim da Oferta Pública de Aquisição (OPA) do Caixabank, que passou a controlar 85% do banco português.

No prospeto da operação, divulgado em janeiro, o grupo espanhol estimou que venha a reduzir custos anuais até 84 milhões de euros, sendo que mais de metade virá de poupanças com trabalhadores.

Em causa está a saída de 900 pessoas, tendo esta quarta-feira o líder do Caixabank dito que se fará com recurso a rescisões por mútuo acordo.

O ainda presidente executivo do BPI, Fernando Ulrich, também considerou em janeiro que a redução de funcionários decorrerá no ritmo dos últimos anos e que não haverá “uma revolução” nesse campo.

“O número impressiona, mas ao longo de dois a três anos não é assim tão grande”, considerou Fernando Ulrich.

Em 2016 saíram do BPI 392 trabalhadores em Portugal, um número que “exclui trabalho temporário” e, em termos de custos, o BPI gastou com pessoal 289,4 milhões de euros, menos 1,5% face a 2015.

Contudo, este valor não inclui os custos que o banco teve com reformas antecipadas, de 59,7 milhões de euros, mas também não se consideram as poupanças decorrentes da revisão do Acordo Coletivo de Trabalho do setor bancário, de 42,9 milhões de euros.

No total da atividade doméstica e internacional, o Grupo BPI tinha, no final de 2016, 8.157 trabalhadores, menos 372 funcionários, o que significava que na atividade fora de Portugal o banco tinha contratado 20 pessoas em termos líquidos.

O Grupo BPI teve lucros de 313,2 milhões de euros em 2016, mais 32,5% do que em 2015, mais de metade referente à atividade internacional, sobretudo ao Banco de Fomento de Angola (BFA).

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