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Fernando Nobre: futuro de Portugal depende das comunidades

O presidente da Assistência Médica Internacional (AMI), Fernando Nobre, disse hoje que Portugal tem de reconhecer os lusodescendentes espalhados por todo o mundo como “comunidades importantes” para o futuro do país.

“Portugal precisa de vos reconhecer como comunidades importantes que são para o vosso futuro e para o futuro de Portugal”, afirmou o ex-candidato à Presidência da República, dirigindo-se à primeira conferência das comunidades luso-asiáticas, em Malaca, na Malásia.

Fernando Nobre lembrou que Portugal espera ver aprovada uma proposta de alargamento da sua plataforma continental, tornando-o num dos países com mais território marítimo, pelo que o seu futuro, “como no passado, está no mar”.

“Mas o nosso futuro depende das nossas comunidades”, considerou, vincando que há comunidades de lusodescendentes “em todo o mundo”, conhecendo muitas delas devido à atividade da AMI.

Coube a Fernando Nobre discursar no jantar que encerrou o primeiro dia da conferência de Malaca que, por iniciativa da comunidade lusodescendente local, juntou na cidade representantes de herdeiros da cultura portuguesa de uma dezena de países asiáticos.

O objetivo da conferência é unir esforços para preservar estas comunidades e sensibilizar a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para a sua existência e necessidade de serem apoiadas.

“Acredito que este é o primeiro passo”, afirmou, acrescentando que depois de “reforçar as comunidades [lusodescendentes] na Ásia”, será preciso fazer o mesmo com as luso-africanas e também olhar para as do continente americano.

Fernando Nobre apelou à união destas comunidades de herança cultural portuguesa: “Temos de lutar todos juntos para honrar os nossos antepassados. Porque os meus antepassados são os vossos antepassados. (…) Acredito que todos juntos seremos bem sucedidos”.

A primeira conferência das comunidades luso-asiáticas prossegue na quarta-feira, mas apenas com um programa cultural.

Além dos representantes de diversas comunidades, estão ainda em Malaca, entre outros, os embaixadores de Portugal na Tailândia e Indonésia e o ex-Presidente, ex-primeiro-ministro e atual ministro de Timor-Leste Xanana Gusmão.

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