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Festival de Cannes seleciona filme de João Salaviza

O filme “Chuva é cantoria na aldeia dos mortos”, de João Salaviza e Renée Nader Messora, foi selecionado para o Festival de Cannes, em maio, que encerrará com “O homem que matou D. Quixote”, de Terry Gilliam.

De acordo com a programação complementar anunciada esta quinta-feira no ‘site’ oficial do festival entretanto retirada da página, o documentário de Salaviza, rodado junto de uma comunidade indígena no Brasil, integrará a secção competitiva Un Certain Regard.

Em declarações à agência Lusa, João Salaviza não escondeu a satisfação por voltar a Cannes, onde venceu a Palma de Ouro em 2009 com a curta-metragem “Arena”: “É um filme feito por duas pessoas no meio do mato, sem qualquer coprodução francesa, com 80 mil euros de apoio do ICA [Instituto do Cinema e do Audiovisual], e estar a ombrear com outros filmes da competição é fantástico”.

Marcado de 08 a 19 de maio, o Festival de Cannes encerrará com a estreia mundial de “O homem que matou D. Quixote”, o projeto de vários anos de Terry Gilliam, rodado em Portugal e em Espanha.

Depois de várias especulações na imprensa internacional, Cannes anunciou a inclusão de “O homem que matou D. Quixote”, de Terry Gilliam, numa altura em que ainda estão em curso processos em tribunal que o opõem ao produtor português Paulo Branco.

Com argumento de Terry Gilliam, um dos fundadores do coletivo britânico Monty Python, e Tony Grisoni, “O homem que matou D. Quixote” é uma transposição do romance de Miguel Cervantes para a atualidade e conta no elenco com nomes com Jonathan Pryce, Adam Driver e a atriz portuguesa Joana Ribeiro.

Além dos filmes de Terry Gilliam e de João Salaviza e Renée Nader Messora, Cannes anunciou hoje ainda, entre outros, “Donbass”, de Sergey Loznitsa, “Whitney”, de Kevin Macdonald, e “The house that Jack built”, de Lars Von Trier, este fora de competição.

Este será um regresso de Lars von Trier a Cannes sete anos depois de ter sido declarado ‘persona non grata’ pelo festival, por ter feito declarações de simpatia por Adolf Hitler. Na altura, o cineasta dinamarquês tinha em competição o filme “Melancholia”.

No Festival de Cannes este ano o cinema português estará ainda presente na Semana da Crítica, um dos programas paralelos, com os filmes “Diamantino”, de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, e “Amor, Avenidas Novas”, de Duarte Coimbra.

O júri que atribuirá a Palma de Ouro será presidido pela atriz Cate Blanchett, enquanto o ator Benicio del Toro presidirá ao júri da secção Un Certain Regard.

O festival abrirá com o filme “Todos lo saben”, do realizador iraniano Asghar Farhadi, com Javier Bardem e Penélope Cruz.

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