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Há fumo e fogo preso

Não tenho óbice algum relativamente ao envio por Portugal de meios humanos e aéreos para os incêndios na Grécia e na Suécia. Fica-nos muito bem e nem deveríamos estar à mingua do ressarcimento dos gastos com a solidariedade que prestamos. Se a tal formos sujeitos, não devemos descartar; óbvio. Mas que não seja com essa condição quando nos apresentemos à ajuda solidaria; e nem o digo à luz do hoje somos nós, amanhã são vocês.

Tem que… devia ser sempre assim.

O que eu defendo e não por paixão, não a quente, e que um incidente é sempre um incidente, logo nunca estaremos obrigatoriamente preparados para dominar aquilo que é uma catástrofe. Se dominássemos não era perigo. Estávamos todos bem e não haveria vítimas a lamentar seja em que incidente for, no nosso quotidiano.

Se a tudo a que ocorrêssemos não houvesse imponderáveis, estaríamos todos bem, todos muito bem.

O facto é que, também não defendo que se acuse, de um modo geral, como estamos a fazer relativamente às pessoas e entidades que superintenderam nos fogos nos assolaram no ano passado.

Para ser condenados, quiçá para não ser condenados, não exerciam. Salvo em situações de força maior e flagrantes ao nível do real perigo. Se assim fosse até teríamos que condenar as divindades, assim numa primeira análise.

Ninguém falhou, no terreno, deliberadamente. Havendo, e terá havido negligência, se deverá à ligeireza com que encaramos as coisas. outros interesses que são também ou…tros assuntos. Somos Portugal.

Com tudo isto, reitero o que sempre disse. Não são estes incêndios na sua maioria por negligência. Se quisermos, assim de modo simples, continuo a acreditar que são, maioritariamente, mãos criminosas.

Quanto à solidariedade de todos nós aquando os incêndios de Junho e Outubro de memória tão viva e presente, defendi de imediato que os solidários fizessem chegar qualquer dos seus donativos pelo itinerário – circuito – mais directo; quanto menos mãos passasse seria melhor. Fi-lo. Sugeri a muitos benfeitores. Infeliz das infelizes infelicidades tive a que presumia razão.

– Dá-se a particularidade que eu até nem gosto de ter razão. Mas isso é, naturalmente outro assunto.

(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)

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