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Hoteleiros algarvios querem suspensão das portagens

A Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) quer que o Governo suspenda ou, pelo menos, não aumente as portagens na Via do Infante (A22), no Algarve, até que as obras de requalificação da Estrada Nacional (EN) 125 estejam concluídas.

“Achamos a cobrança injusta e exagerada” disse hoje à Lusa o representante da AHP no Algarve, João Soares, apontando que à A22 foi atribuído um dos aumentos mais acentuados para 2017.

Aquele responsável considera que o aumento não faz sentido, especialmente quando se fala da necessidade de combater a sazonalidade turística e de tornar o Algarve um destino turístico mais atrativo.

“Pelo menos até que as obras da EN 125 estejam concluídas não deveriam ser cobradas as portagens”, defendeu, acrescentando que a EN 125 é a estrada alternativa na região para quem não pretende usar uma via portajada.

O ministro do Planeamento e das Infraestruturass, Pedro Marques, anunciou a 12 de janeiro o reinício das obras de requalificação da EN 125, entre Olhão e Vila do Bispo, numa extensão de 103 quilómetros.

Os responsáveis pretendem que esta fase da requalificação esteja concluída antes do próximo verão, estando previsto ainda para este ano o concurso e empreitada para a fase de requalificação entre Olhão e Vila Real de Santo António.

De acordo com a Infraestruturas de Portugal, a requalificação da EN 125 tem um custo total de cerca de 75 milhões de euros, que incluem trabalhos de pavimentação, construção de rotundas, reformulação de entroncamentos, sinalização, colocação de barreiras acústicas, iluminação e drenagem de águas.

Além dos custos que as portagens representam para o setor do transporte de turistas, para os residentes e empresas da região, João Soares apontou que também tem impacto junto dos clientes espanhóis que se deslocam com viatura própria.

“O turismo espanhol é uma confusão. Em primeiro lugar pela forma de pagamento das portagens que, apesar de ter sido agilizado, continua a ser complicado, mas também porque é um mercado de proximidade que devíamos facilitar porque nos faz imensa falta”, observou João Soares.

O Ministério das Infraestruturas emitiu um comunicado no final de dezembro de 2016 onde dava conta da revisão das taxas de portagens nas autoestradas portuguesas para 2017.

De acordo com o ministério, a “atualização abrange 22 por cento das taxas aplicadas e será de apenas 0,05€ na generalidade das taxas de Classe 1, sendo de 0,10€ num número reduzido de situações”.

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