De que está à procura ?

Colunistas

HUMAN, a vida humana vista através de milhares de cores

HUMAN, as três horas mais intensas da minha vida. Yann Arthus-Bertrand retrata a condição humana em todas as suas vertentes possíveis, da forma mais verdadeira, honesta, cruel, nua, crua e bela que eu já vi. É assim o ser humano, em todas as suas cores, formas, feitios, personalidades e crenças.

Não são só as pessoas, são os grandes planos que mostram a gigante diversidade deste planeta em que vivemos. São imagens de cortar a respiração de tão belas e espantosas que são. Ensinam-nos que há todo um outro mundo fora deste nosso pequeno mundo no qual nos fechamos e vivemos enclausurados. Para as alcançar é necessário ir longe, bem longe, até aos confins do mundo, como fez esta equipa incrível. Eles foram até aos confins da terra e rebuscaram e remexeram nos locais mais inóspitos do planeta, nas aldeias mais remotas, para trazerem até nós estes milhares de testemunhos únicos.

É impossível ficar indiferente. É impossível não chorar, não rir, não zangar, não se indignar. As histórias são tantas que mais que uma vez tocam na alma de cada um. Eu chorei, mais que uma vez. Eu ri e também me indignei. HUMAN é a perspetiva de cada um sobre o amor, a morte, as condições de trabalho, a sexualidade, a felicidade, o sentido da vida, as deficiências. Abala o nosso mundo e faz-nos questionar todo o conjunto de crenças que julgávamos como certas e exatas. Não é assim, nada é certo nem exato, nem a mais exata das ciências.

Questionamo-nos e culpamo-nos pelos nossos problemas de primeiro mundo, quando há tantos imensamente mais felizes que nós com tão menos coisas. No final do dia, no final da vida, as coisas são apenas coisas. Não as levamos connosco e ficam simplesmente para trás, como objetos perdidos no tempo. No final, interessa a felicidade com que vivemos os pequenos e mais simples momentos e, acima de tudo, com quem os partilhamos. É isso que fica, quando tudo o resto tiver desaparecido.

Acredito, agora mais do que nunca, que cada um tem uma história para contar.

Deixo-vos a minha recomendação: desliguem o telemóvel, apaguem as luzes e preparem-se para as três horas mais intensas da vossa vida:

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA