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Impedido de entrar nos Estados Unidos por ter jogado no Irão em 2015

O antigo futebolista do Manchester United Dwight Yorke, natural de Trindade e Tobago, foi impedido de entrar nos Estados Unidos, por ter disputado um jogo no Irão, em 2015, segundo noticia hoje a imprensa britânica.

“Não posso crer no que se passou. Não consigo enumerar o número de vezes que já fui aos Estados Unidos, adoro aquele país, mas senti-me tratado como um criminoso”, explicou o ex-futebolista, de 45 anos.

À partida de Doha, onde trabalha para a estação televisiva BeIN Sports, não pôde embarcar para Miami, destino de escala para o regresso às Caraíbas.

Em causa esteve a sua estada em Teerão, em 2015, para disputar um jogo de solidariedade.

O Irão, juntamente com outros seis países de maioria muçulmana, consta na lista de um decreto assinado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, que impede o acesso aos Estados Unidos durante três meses.

“Comprei o meu bilhete, fiz o meu registo e estava na porta de embarque quando dois agentes me detiveram. Perguntei o que se passava e eles explicaram que havia um problema com o meu visto, porque tinha um carimbo iraniano no passaporte. Estive no Irão para um jogo entre veteranos, na inauguração de um estádio, mas nem sequer lá dormi”, descreveu o vencedor da Liga dos Campeões em 1999.

No dia 03 de fevereiro o juiz federal James Robart bloqueou provisoriamente o veto que desde 27 de janeiro suspendia durante 120 dias a entrada nos EUA de refugiados de todo o mundo e anula por 90 dias a emissão de vistos para os cidadãos da Líbia, Sudão, Somália, Síria, Iraque, Irão e Iémen.

Trump criticou diretamente o magistrado Robart, ao designá-lo “pseudo-juiz” e ao acusá-lo de “retirar ao país a capacidade para aplicar a lei”.

O Presidente sugeriu posteriormente que o magistrado será o culpado caso ocorra um ataque terrorista no país relacionado com o seu veto, justificado para evitar a entrada nos EUA de possíveis terroristas.

A Casa Branca já recorreu da decisão judicial, mas um tribunal de recurso de São Francisco manteve a suspensão do decreto.

Um painel de três juízes do Tribunal de Recurso do Nono Circuito dos Estados Unidos, com sede em São Francisco, está a analisar a petição da administração norte-americana para repor o veto migratório de Trump.

Após ter escutado os argumentos do Governo e dos Estados de Washington e Minnesota, impulsionadores do recurso que motivou a suspensão temporária do veto migratório, os juízes deste tribunal asseguraram que tomarão uma decisão “o mais cedo possível”, sem especificar datas.

O Tribunal de Recurso do Nono Circuito já rejeitou, no domingo, um recurso interposto pelo Governo de Trump contra a decisão do juiz.

Se este tribunal voltasse a rejeitar a petição do Governo, a batalha legal poderia chegar ao Tribunal Supremo, como entretanto admitiu o Presidente dos EUA.

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