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Irão, dirigido por portugueses, tem vontade de fazer história

O treinador-adjunto da seleção de futebol do Irão, o português Oceano Cruz, vincou a vontade “fazer história no campeonato do mundo” e conseguir a qualificação para os oitavos de final.

“Queremos continuar a sonhar, a acreditar que é possível fazer história com a seleção do Irão. Ou seja, que é possível passar à próxima fase e é com esse pensamento. Com a qualidade dos nossos jogadores e o trabalho que temos feito até agora, podemos acreditar que é possível passar à fase seguinte. Ainda não é motivo para celebrar, espero que o possamos fazer no dia 25”, disse Oceano, referindo-se à terceira jornada, quando defrontar Portugal.

Em declarações à agência Lusa, o adjunto de Carlos Queiroz recusou que o Mundial2018 esteja “ganho” para o Irão, depois de ter alcançado, na sexta-feira, a segunda vitória em cinco fases finais, frente a Marrocos, por 1-0, 20 anos depois do primeiro triunfo, diante dos Estados Unidos.

“O Irão não ganhou nada neste momento. Venceu um jogo, ganhou três pontos, é líder do grupo e está confiante. Mas ainda não ganhámos nada. Nada há para celebrar a não ser uma vitória contra Marrocos”, sublinhou.

No fim do desafio com os marroquinos, o conjunto iraniano celebrou com Carlos Queiroz, festejando um triunfo que mereceu intensa celebração nas ruas de todo o Irão.

Agora a missão é pontuar com a Espanha, na quarta-feira, e, em 25 de junho, fazer o melhor frente a Portugal, que Carlos Queiroz conhece bem e já comandou.

“O nosso trabalho está feito. Conhecemos bem a seleção portuguesa, a espanhola e Marrocos e isso foi importante para nos ajudar a conseguir vitória”, sublinhou.

Oceano recordou que “no futebol já não há segredos”, pelo que disse acreditar que os rivais ibéricos também “conhecem muito bem o Irão”, devido às observações permanentes dos seus jogos.

“As equipas todas trabalham muito bem. Todas as equipas neste aspeto estão bem apetrechadas em termos de observação”, afiançou.

O antigo internacional luso considerou o empate entre Portugal e Espanha (3-3), em Sochi, um “um belíssimo jogo, talvez dos melhores” até esta altura no Mundial2018.

“As duas seleções mais fortes do nosso grupo, contudo, também achei que é possível acreditar em passar à próxima fase”, avisou.

Provavelmente, a decisão sobre a chegada aos ‘oitavos’ vai ocorrer em 25 de junho, em Saransk, no embate com a equipa das ‘quinas’, estando Oceano a mentalizar-se para ouvir o hino nacional com as cores do Irão.

“Não vai ser uma situação fácil, mas há que preparar psicologicamente para isso. “Nestas coisas, quando o coração fala alto e tocar o hino português (…) toca-nos a sério, pois foi um hino que defendi durante muitos anos. Temos de nos agarrar ao lado profissional. O coração está aqui e vai continuar sempre, sempre a bater por Portugal, porém há que ser profissional. Agarrarmo-nos a esse lado”, concluiu.

Cumprida a primeira jornada, o Irão lidera o Grupo B, com três pontos, seguido de Portugal e Espanha com um, enquanto Marrocos, que os lusos defrontam na quarta-feira, em Moscovo, ainda não pontuou.

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