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Manny Santos pode ser o primeiro congressista dos EUA nascido em Portugal

Manny Santos pretende tornar-se, nas eleições norte-americanas de 06 de novembro, no primeiro republicano eleito pelo estado de Connecticut para a Câmara dos Representantes em 12 anos e o primeiro congressista de sempre nascido em Portugal.

Em entrevista à agência Lusa, a alternar entre a língua portuguesa e a inglesa, Manuel Santos, que concorre como Manny Santos, diz que ser originário de outro país é uma vantagem, no contexto que se vive nos Estados Unidos.

“Os cidadãos acreditam que posso entender e lidar melhor com as complexidades da imigração”, afirma o analista de negócios, emigrado de Portugal com a família em 1974 e cidadão americano há 30 anos.

Santos concorre no 5.º distrito eleitoral de Connecticut, onde a predominância política do Partido Democrata representa um obstáculo e dá mais probabilidades de vitória à adversária, Jahana Hayes.

No entanto, tendo sido ‘mayor’ entre 2013 e 2015 de uma cidade que não elegia um dirigente republicano há 30 anos, a cidade de Meriden, Manny Santos acredita que poderá ter sucesso se ganhar o voto dos eleitores apartidários.

O candidato luso-americano diz que o apoio à sua campanha tem vindo de várias partes: “Na verdade, tenho conseguido o apoio de muitos democratas que perceberam que o Partido Democrata de hoje não é o mesmo partido de há 30 ou 40 anos”.

A comunidade portuguesa nos EUA também apoia a candidatura, especialmente em Waterbury, Danbury e Hartford.

Em relação à imigração, Santos defende que o respeito pelos regulamentos quando se recebem imigrantes tem de ser reforçado: “É importante que, como representantes das pessoas, reforcemos as leis que nós próprios aprovámos. (…) Se não concordamos com as leis, temos de alterá-las, mas não podemos, simplesmente, ignorá-las”.

O candidato diz que “o Governo federal passou demasiado tempo a ignorar ou a não reforçar propriamente o regulamento” e isso fez com que a entrada de cidadãos sem documentação disparasse.

Com o argumento de que “violência e má economia não são razões legítimas para [os estrangeiros] procurarem asilo”, Santos está convicto que o melhor que os indivíduos podem fazer é “ficar no país e consertá-lo”, já que “esses problemas não se vão resolver se todos fugirem”.

“Não é responsabilidade dos EUA” tomar conta das pessoas de outros lados, acrescenta o republicano.

Manny Santos mostra-se assim em concordância com a política do Presidente norte-americano, Donald Trump, cuja administração, reflete, está devotada em fazer respeitar a lei da entrada no país e reforçá-la, ao destacar mais “recursos” como juízes e guardas fronteiriços.

A sua candidatura também defende menos intervenção do Estado nos negócios, mais criação de emprego e regulamentação dos seguros de saúde.

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