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Maria de Medeiros na Noite da Literatura de Paris

A atriz Maria de Medeiros vai ler excertos do livro “O meu amante de domingo”, de Alexandra Lucas Coelho, na 4.ª edição da Noite da Literatura, em Paris, no próximo sábado.

O evento vai juntar autores de 19 países, acompanhados por atores francófonos, que vão ler excertos das suas obras e conversar com o público, na chamada “Coulée Verte” do Viaduc des Arts, um espaço pedonal criado numa antiga linha de comboios, no 12.º bairro de Paris.

Para Alexandra Lucas Coelho, ler excertos de “O meu amante de domingo” na capital francesa tem um significado muito especial porque “Paris está muito ligado a este livro”.

“Há uma sequência de pequenos capítulos do livro que tem a ver com Balzac, e a narradora faz uma promessa de vir a trazer uma flor-de-lis ao Père Lachaise, o cemitério onde Balzac está. Quando acabei de fazer este livro e quando ele estava a ser paginado para ser publicado, vim a Paris e fui visitar a campa do Balzac ao Père Lachaise”, contou a escritora à Lusa.

A autora de “O meu amante de domingo”, o seu primeiro romance traduzido para francês, vai ler excertos em português, e Maria de Medeiros, em francês, o que, para Alexandra Lucas Coelho, é como ouvir “um texto novo, mas que ao mesmo tempo já existia”.

O evento é organizado pelo Fórum dos Institutos Culturais Estrangeiros em Paris, que reúne mais de 50 organismos, incluindo o Centro Cultural Camões.

O conselheiro cultural da Embaixada de Portugal em França, João Pinharanda, explicou à Lusa que o conceito da Noite da Literatura consiste em escolher um autor de um livro recentemente publicado e traduzido em França, tendo escolhido Alexandra Lucas Coelho, “por várias razões”, incluindo por ser um romance que sugere outra imagem da mulher portuguesa.

“É um romance que coloca questões muito interessantes relativamente à posição da mulher, à sexualidade e à libertação da mulher e é uma imagem muito diferente da que habitualmente se cola às mulheres portuguesas, muitas vezes do ponto de vista de um olhar e de um pensamento conservador e ruralista que ainda há sobre Portugal, os portugueses e as portuguesas”, declarou.

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