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Mudança de hora não faz bem à saúde

Alterações do sono, do estado de ânimo, de capacidades cognitivas como a memória, são os riscos da mudança de hora, que aconteceu esta madrugada.

Especialistas em cronobiologia e medicina do sono alertam para estes riscos que poderão resultam em graves problemas no futuro.

Este fim-de-semana iniciou-se o horário de verão, em que os relógios adiantaram uma hora em toda a Europa.

Especialistas reuniram-se para estabelecer algumas diretrizes e Miguel Meira e Cruz, coordenador da Unidade de Sono do Centro Cardiovascular da Universidade de Lisboa, disse à agência Lusa que “esta mudança, decidida pela primeira vez com o argumento da necessidade de poupança energética, preocupa atualmente especialistas”.

O especialista português alertou para o facto destas mudanças parecerem inofensivas mas que a longo prazo poderão ser “um drama real e determinantes de problemas irresolúveis” para algumas pessoas, referindo que, estudos recentes, mostram que estas mudanças aumentam o número de enfartes.

“Quando exigimos uma alteração horária repentina esquecemos que os relógios existentes em todas as células do organismo não têm capacidade de se adaptar de imediato”, salientou.

Masaaki Miyazawa, imunologista e diretor da Escola de Ciências Médicas da Universidade de Kindai, salientou que “influência das alterações circadianas nas células natural killer”, uma primeira linha da resposta imunitária.

“É consensual que a expressão destas moléculas citotóxicas e a atividade” destas são mais elevadas durante a manhã e diminuem durante a noite.

“Sabemos que a alteração horária frequente, como sucede em circunstâncias da mudança da hora aumentam a incidência de cancro do pulmão em modelo animal através destes mecanismos”, sublinhou Miyazawa, adiantando que estas transições podem afetar, pelo menos de forma temporária, o sistema imunitário com compromissos diversos na saúde.

Em 2017, foi publicado um estudo pelo neurologista brasileiro Fontenelle Araujo, que envolveu 5.631 pessoas e concluiu que metade delas sente, de alguma forma, o impacto desta mudança.

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