Este sabidão é uma estátua,
Uma pedra no sapato na comunidade,
Este advogado é um chato, este juiz acanhado
Sem eira nem beira, sem sentenças concretas
Pensa que sabe, mas já está amarfanhado.
Este Encenador é orgulhoso e pro-falsete
É um xadrezista e malabarista pro-alpista
Era para ser um dramaturgo, mas a soberba
O levou a ficar a pé e de bicicleta .
Este poema é um cão, silencio que grita
Este poema é um eco puxado a amor e sal
Uma estátua de talento que agita
Monstros e jornalistas neste arraial.
Um poeta navega nas águas do desejo
É filho das letras e do romantismo
Tem olhos no tempo, e tempo para um beijo.
O poeta descreve lutas, anuncia a paz dos cativos
Quebra preconceitos e abre peitos de frágua
Planta ideias novas para todos estarmos vivos
E aponta para um futuro risonho, com olhos rasos de água.
Estes poemas são granito, palavras auto-digestivas
Simples, não enigmáticas, mas lúcidas,
Interrogativas e sempre vivas!
(A ARTE É A ARTE DE COM ARTE CRIAR ARTE!)