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Pregador de sonhos

Rasgo-te as vestes, meu delírio aceso
Esconjuro as maldições que te povoam
Se há magoas a pairar sem haver peso
Há névoas derreadas que magoam
Não vingo os teus demónios com o meu sabre
– São tantas as gargantas a doer-me! –
Se a caixa de Pandora não se abre
É porque andam fantasmas a tolher-me
Enjeito os ninhos todos que há na alma
E grito à noite inteira o resto e o rasto
Há muitos a pedir-me amor e calma
E outros a dizer-me que estou gasto
Estou gasto e não me vinga o rasto e o resto
Nem vislumbre de sóis dourando o mar
Há sempre alguém dizendo que não presto
Outros que me entretenho a delirar
Deliro?!
Antes me perca assim que de outro jeito
Sou garganta do vento em mar aberto
Dono de um coração dentro do peito
E pregador de sonhos num deserto…

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