De que está à procura ?

Mundo

Professores da Universidade do Porto formam professores americanos

Docentes do Instituto de Investigação e Inovação da Universidade do Porto (i3S) vão ser financiados por uma fundação norte-americana para dar aulas a professores na área da prevenção do cancro da mama, nos Estados Unidos.

Em declarações à Lusa, uma das professoras envolvidas na formação, Ana Barros, indicou que é “habitual” para Portugal “importar modelos de educação de países anglo-saxónicos, mas o inverso não é muito comum”.

Existem no país “muitas experiências com excelentes resultados que devem ser mais valorizados”, defendeu a doutorada em educação e divulgação da ciência.

A formação, baseada também ela num modelo português, é financiada pela fundação Susan G. Komen, “a maior organização dedicada à prevenção e diagnóstico do cancro da mama”, de acordo com um comunicado divulgado hoje pelo i3S.

Este programa, intitulado “Cancro da mama – Educar para prevenir” (‘Breast Cancer – Educate to Prevent’), segue uma abordagem já anteriormente testada em Portugal, que tira partido do potencial da comunidade escolar na promoção de uma literacia em saúde, lê-se na nota informativa.

Esta iniciativa surge na sequência de um projeto-piloto, o “Cancer Education in Omaha”, orientado para o treino de professores no desenvolvimento e implementação de atividades sobre prevenção de cancro, dirigidas aos estudantes de Omaha, nos Estados Unidos.

Financiado pelo Fred and Pamela Buffett Cancer Center – University of Nebraska Medical Center, pretenda avaliar se o modelo desenvolvido em Portugal podia ser adaptado e ter impacto real na comunidade escolar norte-americana.

Estas ações-piloto, implementadas entre 2015 e início de 2016, ministradas por Ana Barros, ocorreram no estado do Nebraska. Enquanto isso, outro membro da equipa, Luís Moreira, consolidava, em Portugal, a avaliação dos impactos.

De acordo com o coordenador do projeto e investigador do i3S – Ipatimup, Filipe Santos Silva, “ficou demonstrado, claramente, um marcante impacto a nível da literacia e das competências dos professores”.

Isso traduziu-se, por sua vez, “em campanhas de prevenção com efeito direto no conhecimento dos alunos acerca da prevenção do cancro”, disse ainda, acrescentando que “foi esse efeito demonstrador que garantiu a continuidade do programa”.

A equipa está agora a trabalhar no desenvolvimento de modelos de formação em comunicação para a saúde dirigido a médicos e a profissionais de saúde.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA