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Programa (nada) oficial do Papa Francisco a Fátima

Já há programa oficial da visita do Papa a Fátima para a comemoração do Centenário das Aparições: mal chegue a Portugal, Francisco tirará uma selfie com Marcelo na base aérea de Monte Real. Dali será transportado para o estádio de Fátima de helicóptero onde terá oportunidade de ver de cima as virgens de beira da estrada que rezam pelos camionistas que circulam por esta Europa plena de virtudes cristãs.

A viagem do estádio até ao santuário será feita a bordo do Papamóvel, conduzido pelo célebre taxista que afirmou: “as leis são como as meninas virgens, são para ser violadas”, garantia que Sua Santidade chega a tempo e horas à capela das Aparições, pois Francisco está em pulgas para estar com a Virgem.

Quando Francisco chegar ao Santuário, já este estará encerrado aos fiéis, segundo as autoridades, por razões de segurança. Já quanto aos infiéis, as autoridades nada disseram. A mim parece-me é que o “chiquinho” quer é a Virgem só para ele.

O jantar decorrerá, pois, em privado com a Virgem, pois um homem não faz tantos quilómetros para vir jantar com meia dúzia de enfadonhos bispos e cardeais de saias, mais parecidos com as matrafonas do Carnaval de Torres Vedras do que com outra coisa.

Até já imagino a forma como o Papa vai iniciar a conversa com a Virgem: “Olá, sou o Francisco, não sou pastor, mas também já estive com uma virgem quando era novo, pois antes de ser padre era muito namoradeiro”. Depois do jantar, o líder da igreja católica participará na Bênção das Velas, na Capelinha das Aparições. É uma boa altura para todos os cristãos estarem presentes para que Francisco lhes abençoe a vela, independentemente do tamanho da mesma, pois o que interessa é o bem que ela faz ao próximo ou à próxima…

Depois desta actividade, o Papa recolhe-se, com a sua vela, na Casa de Nossa Senhora do Carmo. Será que Francisco irá ficar alojado no segundo piso e no mesmo quarto que acolheu os seus dois antecessores, Bento XVI, em 2010, e João Paulo II, no ano 2000? Se ficar no mesmo alojamento, composto por um quarto de dormir, um quarto de banho, um pequeno escritório e uma pequena sala de estar, é capaz de ainda encontrar alguns objectos de autoflagelação como o cilício (instrumento com pontas de ferro que penetram na carne) ou a “disciplina” (pequena corda com nós). Aposto que vai olhar para aquilo e pensar para consigo mesmo: “Dar ou vender, Francisco? É isso mesmo! Não Dei, Vendei para ajudar os pobrezinhos”. Dito e feito, coloca-os logo à venda no OLX: “Vendem-se instrumentos de tortura 2 em 1 – Tortura carne e espírito enquanto o diabo esfrega um olho. Indicado para a comunidade sadomaso e tarados afins”. Claro que o dinheiro realizado com esta venda será para os pobrezinhos que o Papa achar mais engraçados (atenção que eu disse mesmo “engraçados” e não “desgraçados”).

Já no dia 13, Francisco recebe António Costa logo pela manhã, que lhe dirá: “Sua Santidade pode não acreditar, mas temos uma virgem no governo que também faz milagres: Catarina Martins”. Ao que Francisco questionará Costa: “Mas que milagres são esses, meu filho?”. E Costa responderá: “É graças à virgem Catarina que eu sou Primeiro-ministro mesmo tendo perdido as eleições”. “Milagre, milagre, milagre!!!”- gritará com as mãos juntas, viradas em direcção ao céu, o Papa Francisco.

Depois de combinar com António Costa um encontro no Vaticano para a beatificação da virgem Catarina, Francisco visitará a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima onde se encontram os túmulos dos três pastorinhos. Certamente que aquilo que impressionará mais Francisco será o maior badalo do carrilhão da Basílica, o qual pesa 90 quilos. Um badalo à portuguesa, com certeza! E pensar que há 100 anos estavam ali, naqueles preciso lugar, os três pastorinhos a brincar possivelmente com o único badalo que tinham à mão (não, não é o que o estimado leitor está a pensar): refiro-me ao badalo das cabras e das ovelhas.

Pelas 10 horas, Francisco celebrará missa no santuário de Fátima para as centenas de milhares de peregrinos que ali se dirigirem. Normalmente fazem-no por causa da Virgem. Desta vez muitos peregrinos irão a Fátima para ver o Papa. Provavelmente, a maioria dos peregrinos vai lá pelo Papa e também pela Virgem. É uma espécie de peregrinação “Papa Virgem”. E devem tantos, mas tantos os fiéis no Santuário, que muitos peregrinos desaparecem, literalmente, no meio da multidão, naquilo a que já se conhece como o fenómeno das “Desaparições de Fátima”…

E antes de regressar ao Vaticano, Francisco almoçará na companhia dos bispos portugueses umas deliciosas “papas de sarrabulho” acompanhadas por um “Vinho de Missa” da Sé de Braga. Quem não beber álcool, terá à sua disposição água benta. Como sobremesa os nobres eclesiásticos degustarão um “pudim abade de Priscos” e um “toucinho do céu”, acompanhados por um “Licor Benedictine D.O.M.” de origem francesa (Abadia de Fecamp) e ainda um “Licor de (ca)fé”.

Aposto que depois do Centenário das Aparições, a próxima visita de Francisco ao nosso país vai ser aquando do centenário do Carnaval de Torres Vedras a convite do Cardeal-patriarca de Lisboa que, como sabemos, é natural da terra que tem o Carnaval mais português de Portugal! De facto, nunca consigo distinguir uma cerimónia religiosa de um desfile de matrafonas. Aliás, as indumentárias dos altos representantes da Igreja são confecionadas pelos mesmos costureiros que confecionam a roupa para as matrafonas do Carnaval de Torres Vedras, só com a diferença de que têm um toque mais aburguesado. Basta, pois, ao Papa Francisco e a D. Manuel Clemente colocarem uma peruca loura e já passam por ser, respectivamente, o Rei e a Rainha do Carnaval de Torres Vedras, e o seu séquito de cardeais e de bispos, por genuínas matrafonas, todos a dançar, divertidíssimos, ao som da música “Papai eu quero, Papai eu quero, Papai eu quero rezar! Dá a chupeta! Dá a chupeta! Pra gente ajoelhar e pecar!”

É como diz o Presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem… nós, europeus do sul, gostamos é de copos e de mulheres (ao contrário de Dijsselbloem, que deve preferir as matrafonas). E damos graças a Deus por assim ser. Aliás, a Igreja devia era agradecer às belas mulheres portuguesas, pois são elas que fazem aumentar o grau de religiosidade dos machos latinos, quando por eles passam e os fazem suspirar e exclamar: “Ai, meus Deus!”

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