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Toyota Hilux: por montanhas e vales

Testámos a Toyota Hilux na sua versão Tracker… Andámos por montes e vales e podemos dizer que a Toyota Hilux para além de ser um excelente carro de trabalho é também um excelente automóvel de lazer. Aqui junta-se o melhor dos dois mundos.

Este tipo de “pick-ups” foi desenvolvida há muitos anos atrás para carregar e puxar coisas. Gastavam muito, eram feias, desprovidas de confortos e tecnologias e como tal não tinham qualquer piada. Felizmente essa “filosofia” relativamente a este tipo de automóveis mudou.

Marcas, tal como a Toyota, começam a apostar neste tipo de automóveis e oferecem-lhes motores com força mas extremamente económicos, um design que deixa uma minoria de pessoas completamente loucas, já são mais confortáveis e encontramos tudo o que teria um automóvel de segmento C.

No entanto, este tipo de automóveis não perdeu a sua principal função: ter espaço, força e capacidade de carga. Podemos dizer que a Hilux é um automóvel de trabalho que reúne tudo aquilo de que precisamos no lazer.

Comecemos pelo aspeto exterior. As “pick-ups” de há uns anos para cá ficaram consideravelmente maiores! Lembram-se das Toyota Hilux dos anos 90? Tinham mais ou menos 4,60m… A Hilux que ensaiamos agora tem nada mais nada menos do que 5,30m de comprimento! Já a altura e a largura comparativamente à Hilux de 1997, faz com que a nova Toyota Hilux pareça um verdadeiro monstro.

Esse é o sentimento das pessoas que se cruzam com uma Hilux na estrada, primeiro porque é um “automóvel ligeiro” com uma dimensão de “respeito” e depois porque estamos tão habituados a SUVs e crossovers que nos esquecemos que ainda existem jipes e “pick-ups” à séria.

A Toyota Hilux acaba assim por se tornar um símbolo, aquilo que pensamos que só vemos no continente americano, acabamos por ver a passar ao nosso lado. E um condutor de um roadster verá apenas metade da porta de uma Hilux se estiverem a circular lado a lado.

Apesar de ser um automóvel bastante grande, a Hilux não esquece certos elementos de design e acaba por ser interessante também nesse aspeto. Tem um ar jovem, aventureiro e radical. A versão que ensaiámos contava com roll-bar e uma proteção em fibra da zona de carga, aberta através de uma chave e tinha amortecedores para auxiliar a abertura como acontece nas bagageiras normais. E como dizia uma das nossas passageiras, no espaço de carga pode alojar-se uma pequena família!

No interior há tudo aquilo que vemos nos outros Toyotas, à exceção do ar-condicionado automático. De resto a Hilux Tracker tinha sensores de chuva e luminosidade, modos de condução, um painel de instrumentos bastante completo, com um pequeno ecrã que nos fornece várias informações de forma clara, e ainda o sistema de navegação e multimédia da Toyota.

Este sistema de navegação e multimédia conta com ligação à internet, informações de trânsito em tempo real, Bluetooth, entrada Aux e USB e ainda controlo por voz. O sistema aparece num ecrã de 8 polegadas com uma boa definição de imagem.

Ao nível dos assentos talvez pudessem ser mais confortáveis, mas há bastante espaço para os ocupantes. Numa viagem longa não saímos dela intactos, como é normal neste tipo de automóveis.

Já a posição de condução é agradável, o volante tem boa pega, embora a maneta da caixa de velocidades pudesse ser ligeiramente maior. De um modo geral é um automóvel com todos os comandos colocados de forma acessível, o que nos faz esquecer que conduzimos um automóvel concebido para trabalhar.

O motor 2.4 D4D da Toyota oferece 150cv de potência e 400Nm de binário. Esta receita fornece à Toyota Hilux uma força inesgotável principalmente quando ativamos o modo “Power”. Já o modo “Eco”, como o próprio nome indica, serve para poupar combustível. É ideal quando não precisamos da força máxima da Hilux, até porque como é um automóvel dotado de binário, não o sentimos demasiado “preso” na circulação normal na estrada, mesmo quando utilizamos este modo. A parte boa, é que apesar de ser um automóvel com quase 3000kg e 2393cc de cilindrada consegue consumos na casa dos 8 litros a cada 100km. Valores que seriam impensáveis há 10 anos atrás.

Por baixo do sistema de navegação e multimédia e logo ao lado dos comandos do ar-condicionado temos o “botão milagroso” que nos permite selecionar a tração integral ou às rodas traseiras e ainda as “baixas” que permitem puxar grandes cargas a uma velocidade muito baixa ou sair de situações mais difíceis de areia ou lama. Se juntarmos as baixas ao bloqueio do diferencial é “ouro sobre azul”.

Com a tracção traseira e o ESP desligado, podem-se realizar algumas brincadeiras na terra. Infelizmente ficamos-nos pelo pensamento: a tração às rodas traseiras sem o ESP ligado não é suficiente para colocar a Hilux “de lado”! Se por um lado nos estraga aquele momento de diversão, por outro lado é uma demonstração de que a Hilux é um automóvel muito estável e robusto.

Em estrada, apesar das suspensões moles, das dimensões e dos pneus “mistos”, a Toyota Hilux revela alguma estabilidade e um comportamento algo dócil.

Se estiver a ler-nos no Luxemburgo ou arredores visite a garagem Toyota By LENTZ, parceiro do BOM DIA, e diga que vai da nossa parte para ter direito a um teste da Toyota Hilux.

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