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Portugal

Tuk-tuk de borla conquistaram os lisboetas

Os portugueses que este domingo de manhã aproveitaram a iniciativa da associação APECATE de conceder meia hora de passeio de ‘borla’ nos ‘tuk-tuk’, no âmbito da iniciativa ‘Cá vai Lisboa’, disseram à Lusa que ficaram fãs do transporte.

A Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (APECATE) dinamizou hoje esta iniciativa, que apelidou de “protesto positivo”, para chamar a atenção da população para a questão do regulamento de circulação de veículos afetos à atividade de animação turística, que está em discussão pública até quarta-feira.

Desde as 10:00 e até às 17:00, quem quiser pode passear durante meia hora nos ‘tuk-tuk’ que tenham aderido à iniciativa, de forma gratuita.

Susana, que chegou de ‘tuk-tuk’ ao miradouro da Senhora do Monte, de onde se pode vislumbrar Lisboa e o Tejo, no final da manhã, disse à Lusa que esta era “a primeira vez” que utilizava este transporte turístico.

Soube da iniciativa “pela Internet, no Facebook, e entre amigos” e decidiu experimentar.

“Resolvemos vir visitar e conhecer”, disse, salientando que o percurso foi “bonito” e “divertido”, já que ela e os seus amigos passaram por sítios que nunca tinham passado.

“Recomendo”, disse, salientando que foi “muito giro”.

Também Carlos Oliveira, acabado de chegar ao miradouro, considerou a experiência positiva: “Acho que é uma iniciativa muito interessante, construtiva, muito positiva e faz a reivindicação, demonstrando aquilo que são os pontos fortes e aquilo que é de facto muito interessante neste tipo de serviço”.

Destacou também o facto de o serviço ser “muito mais próximo” e permitir “ver Lisboa de uma forma diferente”.

“Foi extremamente agradável e extremamente interessante” a viagem no ‘tuk-tuk’, disse Carlos Oliveira, salientando que este também foi o seu primeiro passeio naquele tipo de transporte turístico.

E rematou: “Fiquei fã”.

Já de outro ponto da cidade, mais concretamente na rua Garrett, no Chiado, Jorge e os seus familiares partiam para um passeio de ‘tuk-tuk’ ainda a manhã ia a meio.

“No nosso caso, a gente conhece a cidade”, começou por dizer.

No entanto, “aproveitámos [a iniciativa], vamos ver” a cidade, acrescentou Jorge, que seguia num ‘tuk-tuk’ com lotação esgotada.

Questionado se todos os que estavam ali eram de Lisboa, Jorge lá foi dizendo que nem todos eram da capital: “É uma família variada”.

Sobre o evento, considerou ser “interessante”.

No fundo, “oferecem-nos uma borla para passear na cidade, não é giro?”, comentou Jorge, de forma animada.

Em jeito de balanço, a meio da manhã, o coordenador do Departamento de Animação Turística com Veículos Mototizados da APECATE, João Tarrana, destacou que na zona de Belém, junto ao Planetário, tinha aparecido “mais gente”, enquanto no Chiado, cerca das 11:30, ainda estava “meio a arrancar”.

No entanto, garantiu que a iniciativa estava “a correr bem”.

“Temos tido bom ‘feedback’, tivémos uma adesão massiva dos ‘tuk-tuk’, há muitos ‘tuk-tuk’ envolvidos e estão preparados para levar a passear as pessoas (…), especialmente os lisboetas que não estão muito habituados e não utilizam muito o veículo”, acrescentou.

“É uma experiencia muito próxima dos pontos de interesse e para já estamos contentes com o resultado” da iniciativa ‘Cá Vai Lisboa’, adiantou João Tarrana.

“Temos 83 ‘tuk-tuk’ divididos por três pontos: rua Garrett, no Chiado, em Belém, na zona do Planetário, e os Restauradores, na zona da Glória (…). Estamos a conseguir obter o que queríamos da iniciativa”, afirmou.

A APECATE é “uma associação que congrega já cerca de 200 ‘tuk-tuk’, talvez já um bocadinho mais”, prosseguiu João Tarrana, explicando que o que levou a esta “chamada de atenção” foi “um protesto positivo” sobre “algumas questões que estão relacionadas com o regulamento que está em discussão pública até quarta-feira”.

Isto porque “nós queremos discutir, [uma vez que] o regulamento está muito curto, deixa ali margem para que sejam elaborados despachos por parte do presidente da câmara [de Lisboa] (…), saindo dessa forma do escrutínio da discussão pública”, explicou.

A APECATE defende que o regulamento deve ser claro e transparente.

“Queremos que o regulamento seja mais substancial e que diga tudo”, disse, salientando que o documento em discussão é omisso em termos de horários e de restrições de circulação.

“Tem de haver regulamento com bom senso, equilibrado e que defenda os interesses da cidade, dos turistas e deste setor que é tão importante para nós”, concluiu João Tarrana.

O preço de uma viagem de meia hora num ‘tuk-tuk’ ronda os cerca de 35 euros.

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