Meu poema falado, escrito e computorizado
Gravado no disco rígido da Net
Tocando concertina e gemendo o fado,
Voa de tecla em tecla e canta por sete.
Arranca penas à fantasia e ama Maria
Que viaja sentada num Mercedes-Benz
Por acaso é uma boa carripana
Que não se benze a cada dia.
Meu poema globalizado, declamado
Entre amigos, valoriza os sentimentos
Reaviva a imaginação a um sorriso humorado
Transforma os maus, em bons momentos.
Meu poema que grita num mundo esfomeado
De carinho. Escrevo leio e te releio e borboleio
O seio de pedra viva de um poema floreado
Encastrado na alma de poeta que leio e releio.
Por que a leitura é cultura e ler é preciso
É um acto que, de facto, hoje poucos praticam
Num mundo globalizado, computorizado eu friso
Que leiam mais, os que a leitura criticam!