Namorada do homicida de Maëlys tinha alertado a polícia um mês antes
A ex-namorado do homícida de Maëlys alertou as autoridades um mês antes do crime que vitimou a menina lusodescendente, que desapareceu de uma festa de casamento em Pont-de-Beauvoisin, na França, a 27 de agosto, revela o Correio da Manhã.
Assim, em julho de 2017, uma ex-companheira de Nordahl Lelandais terá denunciado o homem, chamando a atenção para a sua personalidade “inquietante” e para a possibilidade de este vir a cometer um crime, inclusivé de matar alguém, de acordo com o jornal Le Parisien.
A mulher, Karine, tinha conhecido aquele que se viria a revelar o homicida de Maëlys através de um site de encontros, em 2015, onde este se descrevia como um “guerreiro” fascinado por cães. Algum tempo mais tarde, o casal apaixonou-se e começou a ter uma relação, que terminou no ano seguinte, quando Karine descobriu que Lelandais a traía com outras mulheres.
De acordo com a defesa da mulher, o homem não terá lidado bem com a separação e começou a manifestar atitudes violentas para com a ex-companheira, que decidiu então dirigir-se à Gendarmerie de Pont-de-Beauvoisin para fazer queixa. “A minha cliente sente-se responsável e culpada pela morte de Maëlys. Crê que, se a queixa tivesse sido levada a sério, Lelandais teria sido ouvido, notificado e vigiado pela polícia. Talvez o drama sofrido por Maëlys nunca tivesse acontecido”, afirmou o advogado da mesma.
Lelandais foi detido em 31 de agosto e foi formalmente acusado do homicídio da lusodescendente. A 14 de fevereiro, indicou à polícia o local onde enterrou os restos mortais da criança, tendo sido encontrado “quase todo o esqueleto”, segundo o procurador de Grenoble, Jean-Yves Coquillard. Dois dias depois, foi hospitalizado no Centro Hospitalar de Vinatier, numa unidade que recebe pessoas em detenção. Nordahl Lelandais, cujo perfil psicológico continua a confundir os investigadores, confessou ainda outro homicídio, o do cabo Arthur Noyer, ocorrido em abril passado naquela mesma região, em Chambéry.