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A oração na Praça de São Pedro vazia foi há cinco anos

© vatican news

O Vaticano assinalou esta quinta-feira o 5.º aniversário da celebração extraordinária de oração a que o Papa presidiu, numa Praça de São Pedro vazia, durante a pandemia de Covid-19.

“A praça estava dramaticamente vazia, apesar de milhões de pessoas em todo o mundo estarem sintonizadas nele, coladas aos seus ecrãs de televisão, ainda presas na longa quarentena de confinamento, com medo do vírus invisível que estava a colher tantas vítimas e a levá-las para as unidades de cuidados intensivos dos hospitais, sem que os seus familiares pudessem vê-las, cumprimentá-las ou mesmo celebrar o seu funeral”, recorda Andrea Tornielli, diretor editorial do Dicastério para a Comunicação (Santa Sé).

Numa celebração com transmissão televisiva e online para todo o mundo, Francisco começou por rezar pela humanidade, numa “dolorosa condição”, antes de refletir sobre a passagem do Evangelho em que Jesus dorme, enquanto uma tempestade assola o barco onde vai, com os discípulos.

“A tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades”, sustentou, depois de caminhar sozinho, numa noite de chuva, a caminho da cadeira de presidência.

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Para esta oração, foram levados até ao Vaticano o ícone de Maria ‘Salus populi Romani’, que se venera na Basílica de Santa Maria Maior, local onde o Papa costuma rezar antes e depois de cada viagem internacional, para pedir a intercessão da Virgem Maria; e a cruz venerada na igreja de São Marcelo al Corso, um crucifixo considerado milagroso que, segundo a tradição popular, pôs fim à peste de 1522.

Tornielli sublinha que, com esta bênção especial ‘urbi et orbi’ [à cidade (de Roma) e ao mundo] – e a celebração da Missa diária na capela de Santa Marta, Francisco fez-se “próximo de todos”, num momento de confinamento e incerteza.

“Tinha compreendido toda a gente no abraço da praça vazia, na bênção com o Santíssimo Sacramento, no simples gesto de beijar os pés do crucifixo que parecia chorar por estar exposto ao mau tempo de uma noite de início de primavera”, escreve.

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