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A péssima situação financeira da Renault

Antes do confinamento na Europa, a Renault tinha vendido apenas 321 mil veículos em todo o continente – 36% menos do que um ano antes. Desde a detenção por alegadas fraudes e posterior saída do CEO Carlos Ghosn, as vendas caíram em todo o mundo. 2019 foi o pior ano para a empresa numa década. O prejuízo foi de quase 150 milhões de euros.

“Mesmo antes de o coronavirus ter começado a penalizar a Renault, a empresa já estava à procura do que poderia fazer em relação a isto”, diz Anna-Marie Baisden, analista do setor automóvel.

Este setor é fundamental para a economia francesa. Três grandes construtoras e cerca de 4000 fornecedores criam mais de um milhão de postos de trabalho.

“A força dos sindicatos e o envolvimento do Estado na Renault dificulta-lhes a realização de algumas das mudanças que outras construtoras puderam fazer muito mais facilmente, o que lhes possibilitou avançar”, acrescenta Anna-Marie Baisden.

O Governo francês está desesperadamente a tentar fazer a sua parte para dar uma linha de vida à indústria automóvel. À Renault, foram oferecidos 5 mil milhões de euros de ajuda para manter a produção em solo francês. Mas o presidente, consciente em relação às mudanças climáticas, sabe que as coisas não são como eram e está a pressionar a empresa para se torne mais verde: “Vamos fazer de França o principal produtor de veículos não poluentes na Europa, aumentando a produção de carros elétricos, híbridos ou híbridos recarregáveis para mais de um milhão por ano no prazo de cinco anos”, disse Emmanuel Macron, há poucos dias, numa visita a uma fábrica da Renault em que anunciou o novo plano de ajuda ao setor.

Macron quer a França se torne o eixo da Europa para os veículos verdes. Para além do financiamento da Renault, estão a ser oferecidos milhares de euros em subsídios aos consumidores que compram um carro amigo do clima.

 

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