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Açores desenvolvem novas espécies de camélias

O Parque Botânico Terra Nostra, no Vale das Furnas, na ilha de São Miguel, desenvolveu 30 novas espécies de camélias, únicas no mundo, que vão agora ser classificadas pelas entidades competentes.

O chefe do Parque Botânico Terra Nostra, Fernando Costa, disse à agência Lusa que a primeira destas camélias já foi classificada e registada e recebeu o nome de Patrícia Bensaúde, presidente do Conselho de Administração do grupo económico Bensaúde, proprietário do Hotel Terra Nostra.

Fernando Costa é também responsável pela organização da Exposição de Camélias, um evento anual promovido pela Câmara Municipal da Povoação, em colaboração com o Terra Nostra Garden Hotel e a Junta de Freguesia de Furnas, cuja 18.ª exposição decorre este fim de semana.

O responsável há cerca de 30 anos pelo Parque Botânico Terra Nostra, onde existem cerca de 700 variedades de camélias, espera que, em 2021, estejam certificadas as espécies desenvolvidas especificamente naquele espaço, por parte da ‘International Camellia Society’.

Fernando Costa explica que o processo tem início com a manipulação do pólen de várias das camélias existentes no parque botânico, recebendo por vezes a “ajuda de insetos e pássaros” que promovem a polinização e geram, acidentalmente, “espécies interessantes”.

O chefe do parque botânico refere que “cada vez mais pessoas, originárias de várias parcelas do globo”, procuram aquele espaço e a exposição para conhecerem a diversidade de camélias existentes.

Os primeiro exemplares foram adquiridos pelo próprio em vários locais do mundo, e uma rede de amigos à escala global fez-lhe chegar outras variantes de várias parcelas geográficas.

O Parque Botânico Terra Nostra contém uma das maiores coleções de camélias do mundo, tendo sido distinguido em 2014 com o prémio “Jardim de Camélias de Excelência”, pela ‘International Camellia Society’.

O responsável do jardim assegurou ser possível observar camélias praticamente durante todo o ano, pois existem mais de 700 variedades diferentes, das quais 650 estão já catalogadas, esperando atingir as mil variedades, num projeto que começou com cerca de 40 exemplares.

Segundo os especialistas, a camélia é originária do sul da China e foi o botânico e físico Karl von Linné que as registou com o nome latino de Camellia.

Karl von Linné pretendeu, assim, homenagear o padre jesuíta Joseph Kamel, naturalista e botânico do século XVII, que viveu nas Filipinas, onde faleceu, e que a si próprio se apelidava de “Pater Camellus”.

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