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Aeródromo de Coimbra não tem alvará

O presidente da Câmara de Coimbra disse que o Aeródromo Municipal Bissaya Barreto, encerrado há seis meses, tem o alvará suspenso devido a danos que não especificou, relacionados com o furacão Leslie, ocorrido em 2018.

Intervindo na reunião do executivo municipal, em resposta a uma questão formulada pela vereadora Madalena Abreu (PSD), Manuel Machado (PS) frisou que o aeródromo municipal está “com alvará suspenso, até ser resolvido um conjunto de aspetos detetados no Leslie”.

Sem especificar o que está em causa, Manuel Machado acrescentou que são “muitas” normas “significativas e pesadas” de resolver.

O presidente do município disse ainda esperar que o aeródromo, localizado em Cernache, a sul da cidade, “seja posto a funcionar de novo com alvará municipal, o mais rapidamente possível” e com a realização das “auditorias necessárias”.

Nos últimos dias alguma imprensa regional de Coimbra deu nota de que o aeroclube local levou dois aviões para Santarém, para ali poder proceder à renovação de licenças de pilotagem e cumprir a componente prática dos cursos por si ministrados, aludindo também à saída de uma escola de paraquedismo.

A vereadora social-democrata questionou sobre o que está a autarquia a fazer “para minimizar essas perdas”.

Na sua intervenção, Manuel Machado afirmou desconhecer que no aeródromo municipal operava uma empresa de paraquedismo e disse que essa atividade não está registada no município.

“Mandei verificar e não há nada, não há nenhum registo, nem um cêntimo de entrada [de taxas]. Fiquei a saber que, sem autorização de absolutamente ninguém, há uma empresa que vende aulas de paraquedismo [no aeródromo]”, enfatizou.

Já o vice-presidente da Câmara, Carlos Cidade, disse ter falado com o presidente do aeroclube e que a instituição, após as aulas teóricas, necessitava de passar às aulas práticas noutro local.

“A única coisa que pediu, em face das questões de pormenor que estão por resolver, foi as aulas práticas serem em Santarém e depois tudo voltará a normalidade”, disse Carlos Cidade.

Em junho, o município de Coimbra tinha afirmado que o Aeródromo Municipal Bissaya Barreto estava encerrado por motivo de obras, num período que se previa “breve”.

Num comunicado divulgado na altura, em reação às críticas já então formuladas pelo PSD de Coimbra – que acusou a Câmara de “desinvestimento e desleixo” no aeródromo, infraestrutura que teria sido encerrada pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) por falta de certificação -, a liderança municipal argumentava que estavam em curso “operações de desobstrução e de limpeza das faixas de segurança da pista e de requalificação da vedação”.

Na nota, lia-se também que “é, por isso, falso que o aeródromo municipal tenha sido encerrado por razões de segurança, estando inclusive em curso um processo de licenciamento pela ANAC, que classificou o assunto como prioritário”.

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