Entre os que querem uma medalha porque “ai, eu não perco tempo a ver a Eurovisão” (mas perdem a dizer que não veem) e os que veem, mas encontram teorias da conspiração por todo o lado quando não é x favoritx que ganha, venha o diabo e escolha.
Sem contar com a violência da “crítica” a artistas, sobretudo às mulheres (que selvajaria, é a Eurovisão vale tudo) ou ainda a expectativa de uma qualquer objetividade na apreciação da música e do resultado final (lembro que até o Salvador foi criticado).
Não pude ver tudo, nem em direto, mas do que vi pareceu-me haver várias canções boas e ali muito mulherio empoderado (apesar de pouca diversidade a outros níveis), ou canções com alguma graça/originalidade até kitsch que é o que se quer na Eurovisão também. Não é o Montreux Jazz Festival, pá! E ainda bem.
Quanto à candidata portuguesa e à francesa, apesar de tudo ser bom e estar a torcer pela Mimicat, achei-as tão old school, jazus! Tão século 20, ou 19, vá. Se calhar é porque ando a ver/ouvir muito Lipstick Lover da Janelle , mas achei tudo muito conservador a vários níveis. Preferi a vibe da vencedora ou das moças das tranças .
Luísa Semedo