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Alimentos não estavam tão caros desde 2014

Os preços mundiais de alimentos subiram pelo terceiro mês consecutivo em dezembro, atingindo o valor mais alto em cinco anos.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, revelou que o Índice de Preços dos Alimentos chegou a 181,7 pontos. O valor é o maior desde dezembro de 2014 e ficou 2,5% acima do mês anterior.

Os dados refletem a variação mensal de custos alimentares nas categorias de cereais, oleaginosas, laticínios, carnes e açúcar. De acordo com a FAO, entre os fatores que ditaram a situação estão a subida do custo de óleos vegetais, do açúcar e dos laticínios, além da recuperação dos preços dos cereais.

O Brasil é mencionado, pela primeira vez, na categoria de carnes após a enorme subida no preço do produto. Na época festiva houve maior procura da carne de porco no país, tal como na União Europeia, após grandes aumentos no preço da carne bovina. Mas o que mais ditou a subida do preço da carne nesse período foi o aumento da procura na Ásia.

Durante todo o ano de 2019, o índice atingiu uma média de 171,5 pontos, refletindo um aumento de cerca de 1,8% em relação a 2018. No entanto, esse valor está abaixo do recorde de 230 pontos que foi alcançado em 2011.

A influência brasileira também é relevante no índice por causa da subida da produção do etanol a partir da cana-de-açúcar no Brasil. Essa situação tornou o produto menos disponível no mercado global.

No geral, o valor do açúcar subiu 4,8% no mercado internacional, após a alta dos preços do petróleo e a contínua desvalorização do real em relação ao dólar norte-americano. De acordo com a FAO, esse aumento só não foi maior devido à expectativa de melhores colheitas na Índia.

Durante o último mês de 2019, o preço dos cereais subiu 1,4% impulsionado pela alta dos custos de trigo com a maior procura da China e questões logísticas a sequência de greves na França. A variação do custo do arroz foi ligeira.

A FAO aponta uma grande subida observada nos valor do óleo vegetal que atingiu 9,4%, em dezembro. Os custos do óleo de palma subiram pelo quinto mês consecutivo com a procura global de biodiesel. A soja, o girassol e o óleo de colza também tiveram uma subida de preço.

Em relação aos laticínios, o custo aumentou 3,3% com a valorização de custos de produtos como queijo e leite em pó desnatado. Este aumento foi maior que o registado na manteiga e no leite em pó integral.

 

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