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Bragança quer aeroporto

O presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, insistiu na reivindicação da inclusão no Plano Nacional de Investimentos (PNI) 2030 da transformação do aeródromo municipal em aeroporto regional de Trás-os-Montes.

Nem o aeroporto nem nenhuma das propostas da Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes constam da versão inicial apresentada pelo Governo para os investimentos nacionais no próximo quadro comunitário de apoio.

O plano está em discussão e o presidente da Câmara de Bragança entende ser oportuno, “nesta altura em que ainda não está fechado o PNI 2030, fazer mais esta insistência junto do Governo para que as coisas possam ser decididas a contento da região e do país”.

O autarca social-democrata lembra que “é uma questão que tem vindo a ser colocada em cima da mesa como estruturante e estratégica para o desenvolvimento da região”.

“Numa altura em que o transporte aéreo cresce de uma forma absolutamente incrível e com a necessidade inclusivamente de formação de novos pilotos num curto espaço de tempo, na ordem dos 700 mil pilotos que vão ser necessários até ao ano 2013, isto mostra bem a necessidade que existe de termos gente formada e alternativas àquilo que são os aeroportos hoje existentes no país”, enfatizou.

Hernâni Dias sublinhou que o que está em causa é “uma alternativa ao aeroporto Francisco Sá Carneiro do Porto” e entende que “Bragança reúne essas condições para que, numa perspetiva de desenvolvimento integrado de toda a região” possa “ter aqui efetivamente um espaço aeroportuário que sirva de alternativa ao aeroporto Francisco Sá Carneiro”.

“O aeroporto regional seria sem dúvida um grande incentivo para o dinamismo económico, até porque há uma grande cadeia espanhola, a Mercadona, que está a instalar-se em Portugal, com oito unidades no norte do país, e será seguramente também mais um fator para que cada vez haja mais gente cá”, sustentou.

De acordo com o autarca, o grupo espanhol terá a sua base logística em León (Espanha), o que, como defendeu, reforça também outra reivindicação, a da ligação de Bragança à fronteira, em Puebla de Sanábria, que encurtaria as atuais duas horas de caminho entre Bragança e León.

O aeródromo municipal de Bragança é atualmente usado por adeptos dos voos de recreio e a base da carreira aérea que liga Bragança a Portimão, passando por Vila Real, Viseu e Tires.

O presidente da Câmara acredita que tem também potencial “ao nível do mercado da saudade” e lembrou que já houve experiências no passado, nomeadamente com viagens entre Bragança e Paris para os emigrantes em épocas festivas.

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