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Costa reconhece “sacrifício” dos militares portugueses no Afeganistão

O primeiro-ministro, António Costa, almoçou domingo com as forças portuguesas na missão da NATO em Cabul, Afeganistão, para manifestar o “reconhecimento do país” pelo “sacrifício” dos militares perante uma “ameaça particularmente difícil”.

“É uma missão particularmente difícil, que nós não ignoramos, e peço-vos que nunca ignorem que é de elevado risco e onde a ameaça é efetiva, permanente e que surge no momento inesperado. Nunca descurem a segurança, que o inimigo pode estar onde nós menos esperamos”, pediu António Costa.

Na visita, para desejar as boas-festas aos militares portugueses que vão passar a quadra de Natal longe das famílias, António Costa foi acompanhado pelo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, e pelo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante Silva Ribeiro, que distribuíram relógios como presente.

Além dos relógios, António Costa ofereceu uma camisola da seleção nacional de futebol, autografada pelo selecionador Fernando Santos, que o representante nacional mais antigo no teatro de operações do Afeganistão, coronel Raul Matias, guardou para expor na “casa de Portugal” na base militar.

A força portuguesa inclui 148 militares que se constituem como Força de Reação Rápida na proteção do aeroporto Hamid Karzai (HKIA), mais 23 que prestam consultoria e assessoria ao treino de militares afegãos em artilharia, e 15 elementos nacionais destacados, em funções no quartel-general.

Aos militares, António Costa pediu que “nunca descurem a segurança” e desejou que no regresso a Portugal só levem “boas histórias para contar”, manifestando “gratidão” pelo serviço prestado ao país.

“Não há uma única missão que não digam sempre que os soldados portugueses são do melhor”, enalteceu, reafirmando o compromisso do governo com a participação em missões internacionais no âmbito das organizações nas quais Portugal se insere, ONU, Nato e União Europeia.

“Para sermos seguros, temos de projetar a segurança e é por isso que Portugal tem feito questão de participar ativamente”, disse, reafirmando o compromisso do Governo português para com as organizações internacionais que integra, ONU, NATO e União Europeia, entre outras.

Em declarações à Agência Lusa, depois de ser recebido pelo comandante da Resolut Support, o general norte-americano Miller, disse valorizar “muito o esforço que os militares estão a fazer em nome do país” para que o país possa cumprir as suas “obrigações internacionais no quadro da defesa coletiva”.

António Costa, que foi também recebido pelo representante civil da NATO, embaixador Zimmerman, destacou o papel da missão da NATO na “estabilização e pacificação” do Afeganistão, país em guerra desde 2001, iniciada a seguir ao ataque terrorista aos EUA, a 11 de setembro desse ano, e que, de acordo com organizações internacionais, já fez mais de 70 mil vítimas mortais, incluindo mais de dois mil soldados americanos.

Atualmente, a RS, uma missão de treino, apoio e aconselhamento que não contempla a vertente de combate no terreno, conta com 16 mil militares de 41 países.

Para o primeiro-ministro, hoje a ameaça terrorista é “uma ameaça global” que é “cada vez mais uma ameaça interna e em regra exige um grande trabalho de inclusão social” porque, disse, “é na exclusão que têm estado a causa de muita radicalização que se tem desenvolvido no interior da própria Europa”.

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