Chega-se a meio do caminho, ao meio da vida e as dúvidas adensam-se cá dentro como a bruma das manhãs da minha infância!
Pergunto- me de que serve a luta, a constante vontade de continuar na senda de um desígnio maior, ou melhor!
Olho o mundo com olhos de criança!
Tudo ou quase tudo é um caminho virgem a desbravar.
A realidade que me cerca é muitas vezes cruel, impiedosa. Mulheres à deriva! Refugiados pelos cantos a mendigar um pouco de sumo para matar a sede nas manhãs da Europa.
– Obrigada minha senhora, vocês aqui são muito amáveis. Sabe, quem me dera não estar aqui! Poder estar no meu país, sem guerra, sem medo, sem destruição.
E as minhas dúvidas crescem! Tanta gente neste país e noutros pela Europa fora , com licenciaturas, mestrados, e o que encontram para sobreviver , depois de anos de estudo, são os trabalhos mais precários!
E as minhas dúvidas crescem, quando depois de 3 dias às voltas com a literatura da guerra colonial, me pergunto; porquê e para quê!
De que guerras são agora feitos os nossos dias?