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Descubra as novidades Património Mundial da UNESCO

Onze cidades termais europeias, a expressão do pré-modernismo de Mathildenhöhe, em Darmstadt, na Alemanha, frescos italianos e a área cultural de Hima, na Arábia Saudita, foram este sábado inscritos na lista do Património Mundial da UNESCO.

As decisões foram tomadas na 44.ª sessão do comité do Património Mundial da organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que está a decorrer ‘online’, a partir da cidade de Fuzhou, na China, desde o passado dia 16 e até ao próximo dia 31.

A candidatura das grandes cidades termais europeias, “joias da coroa” da prática aquista nos séculos XVIII e XIX, foi apresentada por sete países e abrange as localidades de Bad Ems, Baden-Baden e Bad Kissingen, na Alemanha, Baden Bei, na Áustria, Spa, na Bélgica, Vichy, em França, Montecatini Terme, em Itália, a cidade de Bath, no Reino Unido, e Franzensbad, Karlovy Vary e Marienbad, na República Checa.

O Comité da UNESCO reconheceu o valor destas cidades, que cresceram e se afirmaram em torno de nascentes naturais, “e foram catalisador de um modelo de práticas terapêuticas, recreativas e sociais (…) que influenciaram o curso da medicina”.

Na Alemanha foi ainda classificada a zona de Mathildenhöhe (a Colina de Mathilde, em tradução literal), na cidade de Darmstadt, onde no final do século XIX se afirmou uma Colónia de Artistas, como o arquiteto Joseph Maria Olbrich, o ‘designer’ Peter Behrens e o pintor Paul Bürck, com o patrocínio do duque de Hesse Ernst Ludwig.

Esta comunidade viria a constituir-se um dos principais centros da renovação da época, abrindo caminho ao modernismo, através das artes visuais, da arquitetura e do próprio planeamento urbano, inscrevendo-se em manifestações como “Arts and Crafts”, Arte Nova e a corrente da Secessão Vienense, em que se destacou Gustav Klimt.

A classificação abrange 23 elementos como o Centro de Exposições (1908), a Capela Russa a Santa Maria Madalena (1897-99), o Memorial a Gottfried Schwab (1905), a Pérgola e o Jardim do Templo dos Cisnes (1914), a Fonte de Ernst Ludwig e os ateliês de artistas, construídos para a exposição de 1904.

Em Itália, foi também classificada a série de frescos de Pádua, datados do século XIV, criados por artistas como Giotto, Guariento de Arpo, Giusto de Menabuoi, Altichiero de Zevio, Jacopo Avanzi e Jacopo de Verona.

O farol francês de Cordouan, construído no final do século XVI, na foz do rio Gironde, em Royan, foi também classificado património da UNESCO. Conhecido como “Versalhes do Mar”, é o mais antigo farol francês em funcionamento. Tem seis pisos, uma altura de quase 70 metros e mantém a traça renascentista original.

A área de Hima, na Arábia Saudita, foi igualmente inscrita na lista de Património Mundial. Hima reúne mais de 34 sítios de arte rupestre e vestígios da antiga rota de caravanas árabes.

O Comité do Património Mundial da UNESCO reúne-se ‘online’ até 31 de julho, para a sua sessão anual, presidida a partir de Fuzhou, pelo vice-ministro chinês da Educação, Tian Xuejun, e presidente da comissão local da UNESCO.

A análise de candidaturas deve prosseguir até à próxima quinta-feira, dia 28.

Desde o início desta sessão do comité, no passado fim de semana, a zona portuária de Liverpool foi retirada da lista de património mundial, por causa da promoção imobiliária, no espaço urbano, Veneza saiu da lista de património em risco, por ter proibido o acesso de navios de cruzeiro ao seu porto, e à Turquia foi exigido um relatório sobre o estado de conservação da antiga basílica de Santa Sofia, em Istambul.

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