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Do devir…

Um dia há-de o caudal deste rio
Levar a um porto com abrigo
E todo este enovelado será um fio
Tricotado nas noites comigo

Na abóboda celeste visitarei
Todas as estrelas que a sorrir
Iluminarem o que desnovelei
Num abafo de saudade do devir

Mesmo se os meus passos ecoarem sem reflexo
Ainda haverá neles presença de uma sombra
Dirigida em caminho a desenhar-se convexo

E de um silêncio doce talvez adormecido
Acordará Fénix em vez de pomba
Constelando um céu que urge ser vivido

 

Paula Sá Carvalho, Março de 2020

 

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