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Enviou três gatos do Porto para o Luxemburgo mas a TAP “perdeu-os”

Guyzmo é um gato e um companheiro de viagem de Clara Pereira para onde quer que ela vá. O gato de 13 anos, ao lado de Mikette, de quatro, e Choupinette, de três, são a família felina da portuguesa de 64 anos que emigrou para França quando ainda era miúda e que vive na região fronteiriça do Luxemburgo.

Este verão, Clara teve de se despedir de forma repentina dos seus três gatos e desde agosto não sabe o que lhes aconteceu.

Dia 9 de agosto, os três gatos foram deixados no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, pelo filho de Clara para apanhar um voo da TAP agendado para as 10h30 e com destino ao Luxemburgo, onde se iriam encontrar com a dona. “Eles iam de autocarro mas não chegámos a tempo de o apanhar e tive de comprar os bilhetes de avião”, começou por contar a emigrante ao site Pets in Town.

Contudo, as horas passaram e a família não teve qualquer notícia dos três animais. Até que o filho de Clara terá sido informado por um funcionário do aeroporto que um veterinário havia perdido Guyzmo, Mikette e Choupinette e os gatos não tinham chegado sequer a embarcar no avião. Desesperada, Clara não pensou duas vezes até comprar um bilhete para Portugal.

Durante cinco dias, em agosto, a portuguesa dormiu no Aeroporto Sá Carneiro à procura de qualquer informação sobre os animais. “Fiquei num canto porque na altura do verão não arranjava hotel e estava tudo caro”, recorda. “Dormi uma noite no chão duro e quatro noites no aeroporto. Não cheguei a comer, estava sem apetite. Fiquei traumatizada”.

Clara levou patê para tentar atrair os três gatos, mas diz que foi impedida de tentar procurá-los pela segurança do aeroporto. “Ninguém se importou, nem a polícia, nem ninguém. Estavam sempre a enviar-me outros números de telefone a dizer que não era assunto deles. Ninguém fez nada por mim. Uma vez até chorei à frente deles e não se importaram”, relatou à Pets in Town. 

Clara, que sofre de problemas de coração, já não consegue lidar com a dor e teme que os gatos já tenham morrido de fome ou frio. “Se estiverem mortos, os responsáveis pelo desaparecimento têm de ser castigados. Eles não fizeram nada para ajudar e não os deviam tê-los deixado fugir”, acusa Clara.

Entretanto, dos Perdidos e Achados alguém terá informado que os felinos fugiram após um funcionário da Groundforce (responsável pelo transporte de malas e mercadorias) ter “atirado a sua transportadora com força” e libertando-os acidentalmente. A mesma fonte partilhou ainda que alguns funcionários estavam a “alimentá-los” sempre que os viam. Pela primeira vez, em quase três meses, Clara descobriu o que aparentemente terá acontecido.

“Eles mentiram desde o início”, lamenta a portuguesa emigrante. “Um funcionário da TAP disse-me que os gatos nem chegaram a passar por lá. É a prova que eles já os tinham perdido”. Recentemente, também entrou em contacto com a companhia aérea que “não quer saber” da situação e pediu que a mulher contactasse a Groundforce. Mas sempre que o faz, é informada pela empresa que é com a TAP que tem de falar.

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