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Este Porto é vendido em lata

O novo vinho do Porto tónico pronto a beber em lata, produto das marcas Taylor’s e Croft, está presente nos mercados nacional, norte-americano e britânico, sendo perspetiva dos responsáveis produzir um milhão de latas este ano.

“Lançámos oficialmente no dia 30 de abril o Taylor’s Chip Dry e, na semana passada, o Croft Pink & Tonic, e as encomendas rondam já as 300 mil latas”, referiu à agência Lusa o diretor-geral da divisão dos Vinhos do Porto do grupo Fladgate Partnership, Luís Sequeira.

Uma informação que o presidente executivo do grupo, Adrian Bridge, complementou, apontando como meta “a produção de um milhão de latas este ano e dois milhões em 2022”.

Em causa está um porto tónico ‘ready-to-drink’ [pronto a beber] em lata que tem 5,5% de volume de álcool e que foi esta quarta-feira apresentado numa cerimónia, em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, na presença do secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Rui Martinho, bem como do presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, Gilberto Igrejas.

A nova aposta do The Fladgate Partnership, um grupo que detém as marcas Taylor’s, Croft, Fonseca e Krohn, bem como outros negócios na área da hotelaria, restauração, turismo e distribuição, obrigou já à construção de uma linha de montagem para enlatamento que está operacional desde maio, disse Luís Sequeira, sem revelar valores sobre o investimento ou número de colaboradores.

De acordo com o diretor-geral, cerca de dois terços das encomendas registadas nos dois meses de novo produto dizem respeito à exportação, com destaque nos mercados dos Estados Unidos e do Reino Unido.

O responsável acrescentou que “a entrada no mercado brasileiro estará por semanas” e que o mercado da União Europeia e o asiático “também são grandes apostas”.

“E Portugal constitui um mercado muito importante”, frisou.

Estimando que as vendas deste produto neste primeiro ano se estabeleçam numa taxa de exportação entre os 75% e os 80%, Luís Sequeira apontou que “é intenção [do grupo] alargar a aposta ao maior número possível dos 103 mercados” nos quais o The Fladgate Partnership atualmente está presente.

“Estamos preparados para encarar esses objetivos de forma plena. A entrada de mais pessoas será, com certeza, uma realidade. Atualmente, o número de pessoas [ligadas ao projeto] depende dos picos de necessidade. Este projeto que tem cerca de três anos. Foi necessário acautelar matéria-prima nas últimas vindimas”, descreveu diretor-geral da divisão dos Vinhos do Porto que também destacou o conceito do produto e a vertente de inovação.

“A inovação é o elemento fundamental para nos permitir chegar a um tipo de consumidor diferente. Mostramos que o vinho do Porto tem a capacidade de chegar a um público muito vasto. Aliás, na mesma semana fizemos o lançamento do ‘ready-to-drink’ e de uma colheita de 1896, demonstrando bem a versatilidade”, exemplificou.

Já Adrian Bridge destacou a aposta num público jovem, “aquele que agora no pós-pandemia [da covid-19] até valoriza outros produtos e lugares”, brincando: “Ninguém vai para a praia com garrafa de vinho do Porto, com copos, gelo, água tónica, quando pode colocar apenas as latas na geleira”.

Ambos sublinharam “a mais-valia” que este novo produto, associado a outros pode significar para a região, algo valorizado também nos discursos do presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto e do secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural.

“Este momento é muito simbólico quando a economia nacional tem passado por dificuldades. Isto significa a continuidade do compromisso da Taylor’s com a qualidade, mas também com a inovação e com a procura de novos mercados. Mostra capacidade de resiliência e inovação das nossas empresas”, disse o governante.

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