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França – Bélgica: uma rivalidade fronteiriça que divide sentimentos

Apenas a antiga alfândega, transformada em casas, recorda o tempo em que os motoristas eram controlados antes de passar de um lado para o outro, de Quiévrain, vilarejo belga de 6.700 habitantes, a Quiévrechain, povoado francês de 6.400 pessoas.

“Tentamos dividir tudo meio a meio, mas não é fácil”. Vestida com uma camisa de Antoine Griezmann e com uma cerveja belga na mão, Carole Blondel dá por encerrado o dia de trabalho no seu bar localizado em Quiévrain, na fronteira franco-belga, para receber na terça-feira adeptos de ambas as nações, vizinhos separados por algumas centenas de metros.

“Torço pelos franceses. No entanto, se a Bélgica vencer vou ficar feliz também… embora talvez um pouco menos”, reconhece Carole, depois de pensar duas vezes, ela que é uma francesa da região de Valenciennes, no norte, mas que abriu o seu estabelecimento do lado belga da fronteira.

As idas e vindas são quase incessantes há muito tempo: trabalhadores fronteiriços, tabaco mais barato e um ambiente com uma reputação mais festiva do lado belga.

Na véspera da partida decisiva, o clima entusiasta em torno do futebol é avistado nos carros decorados com as cores da Bélgica, com capas colocadas nos espelhos retrovisores ou chifres dos Diabos Vermelhos [alcunha da seleção belga] no capô.

“O coração é francês, mas o amor é belga”, resume o franco-belga Laurent Choteau, de 45 anos. Filho de pais franceses na Bélgica, este proprietário de um restaurante em Quiévrain não consegue dividir-se entre as duas seleções”.

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