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José Luís Carneiro: recenseamento automático acaba com desigualdade

O secretário de Estado das Comunidades considera que o recenseamento automático, em discussão no parlamento, acabará com “uma desigualdade incompreensível” entre portugueses, pedindo aos emigrantes que votem “para mostrar que valeu a pena”. “Aproxima-se a data da votação final, na Assembleia da República, do recenseamento automático dos portugueses no estrangeiro. O Governo fez o seu trabalho e provou que é possível concretizar esta importante medida política”, afirma José Luís Carneiro, na tradicional mensagem aos cidadãos portugueses por ocasião do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que se assinala no próximo domingo.

Caso esta medida venha a ser aprovada pelos deputados, refere, “os portugueses no estrangeiro vão receber uma carta a perguntar se querem ser inscritos nos cadernos de recenseamento eleitoral para poderem votar” e “deixam de ter que deslocar-se aos consulados, muitas vezes centenas de quilómetros, para se recensearem”.

“Iremos pôr um fim a uma desigualdade incompreensível entre os portugueses que vivem em Portugal e os portugueses que vivem no estrangeiro”, considera o governante, que sublinha a importância de os emigrantes “participarem nos futuros atos eleitorais, seja qual for o sentido de voto, para mostrarmos que valeu a pena promover esta importante mudança nas condições de participação cívica e política das comunidades portuguesas”. Na mensagem, que é também publicada na página online do Portal das Comunidades, o secretário de Estado reitera “o empenho do Governo no reforço humano e material dos serviços consulares”.

“Após vários anos marcados por constrangimentos, é agora tempo de repor, gradualmente, a capacidade de resposta dos serviços consulares. Trata-se de uma questão de justiça para os trabalhadores consulares, que todos os dias dão o seu melhor, mas também para os portugueses que por esta via reforçam a sua vinculação a Portugal”, afirma. Carneiro também aponta como exemplo da “ligação inabalável” dos emigrantes a Portugal o “esforço solidário no apoio aos territórios afetados pelos trágicos incêndios de 2017”.

Este ano, as cerimónias oficiais do 10 de Junho decorrem entre os Açores e os Estados Unidos da América, com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa; do primeiro-ministro, António Costa, e do presidente do governo açoriano, Vasco Cordeiro.

“Adicionalmente, o Dia de Portugal será assinalado um pouco por todo o mundo, nos diversos continentes, graças ao trabalho conjunto da nossa rede diplomática e consular, do movimento associativo português na diáspora e de muitos cidadãos portugueses e lusodescendentes que, a título individual, dão o seu contributo para que a história, a cultura e as tradições de Portugal sejam enaltecidas com particular entusiasmo e significado”, menciona o governante. Algo que o Governo vê como “um sinal inequívoco de que, apesar de estarem fisicamente longe, os portugueses no mundo têm o seu coração em Portugal”.

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