
De luz e entrega, essa história moldada de essência, de entrega ao tempo, esse nobre escultor…
Que tudo pode, sobretudo o amor…
Cinquenta anos juntos, e ainda há nos olhos o brilho das primeiras conversas, como estrelas que nunca abandonam o céu…
Das manhãs preenchidas pelo café partilhado ao patinar numa qualquer praça…
Os silêncios não eram vazios, antes uma pausa no conforto de tanta e tanta vontade…
De tanta é tanta história…
Os dias alternavam entre risos e desafios, entre lembranças que se tornavam memórias e sonhos que continuavam a nascer…
O tempo não apagou quem eram, apenas os tornou versões mais inteiras de si mesmos, antes os tornou únicos no seu ser mútuo de existência..
O amor deles era uma ponte entre ontem e amanhã, entre juventude e maturidade, entre promessas e certezas…
De tanto entregar ao mundo…
E, ao fim da tarde, sob aquele céu dourado, sempre se beijavam com os olhos, sem nada dizer…
Porque cinquenta anos depois, todas as palavras já eram conhecidas e tudo que restava era sentir em alegria de mão dada…
Afinal, amar, como viver, nunca foi sobre o tempo, mas sobre a imensidão que se constrói dentro dele…
PP_23042025