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Lisboa vai celebrar o 25 de Novembro com “grande iniciativa”

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O Presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, anunciou durante as celebrações do 5 de outubro que a cidade vai festejar “com uma grande iniciativa o 25 de Novembro”, além do 25 de Abril de 1974, “porque todas as datas contam”.

Carlos Moedas discursava na Praça do Município, em Lisboa, como anfitrião das celebrações do dia da Implantação da República, que assinala 113 anos esta quinta-feira, dia 5 de outubro.

No seu discurso, perante diversas entidades, entre as quais o primeiro-ministro, António Costa, e antes do discurso do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Câmara de Lisboa destacou que há “datas que se tornam símbolos”, que podem ser reduzidos “a meros ritos cerimoniais, repetitivos e rotineiros” ou “datas lembradas no papel, mas sentidas com apatia pelas pessoas”.

“Podemos fazer deste 5 de outubro mais uma data celebrada pelos políticos, mas de certa forma ignorada pelas pessoas. Ou podemos olhar para ela como um tiro de partida para algo melhor”, disse.

“Aproveito para anunciar que para além da data histórica do 25 de Abril festejaremos também com uma grande iniciativa o 25 de Novembro. Porque todas as datas contam”, acrescentou.

Na terça-feira, em conferência de imprensa, o presidente da Assembleia da República disse que as comemorações dos 50 anos da operação militar de 25 de Novembro de 1975 estão ainda fora do programa oficial das comemorações parlamentares do cinquentenário da revolução do 25 de Abril de 1974 e da Constituição de 1976.

“Na comissão organizadora decidimos que seria assumido como programa as datas e os eventos que tivessem uma leitura consensual entre nós. Por isso, decidimos focarmo-nos na sequência da revolução de 25 de Abril de 1974, primeiras eleições livres, aprovação da Constituição e primeiras eleições para a Assembleia da República, Presidente da República, autonomias regionais e autárquicas”, justificou Augusto Santos Silva.

Ainda sobre esta questão do 25 de Novembro de 1975, o ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros ressalvou a seguir que tal “não significa que não venham a existir outras iniciativas de comemorações de outras datas”.

“Iniciativas de grupos parlamentares, da conferência de líderes ou de mim próprio nesse decurso”, completou.

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