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Luísa Semedo: A literatura é uma escapatória

Luísa Semedo é presidente do Conselho Regional da Europa do Conselho das Comunidades Portuguesa, ativista e escritora. O BOM DIA teve oportunidade de lhe fazer algumas perguntas acerca do seu novo livro “O canto da Moreia”.

A portuguesa emigrada em França explica que o título estabelece um paralelismo com o canto da sereia “que é o álcool”, pois também este canto da Moreia é “sedutor à partida, mas leva o personagem principal para o abismo”.

A autora revela que o livro possui um fundo autobiográfico pois o personagem principal vai de Cabo Verde para Portugal tal como fez o pai de Luísa Semedo, tendo depois também ela emigrado de Portugal para França. “Tem a ver com a minha vida, com a vida do meu pai, com a vida de pessoas que conheço que migraram”, explica.

“A literatura é uma escapatória” desabafa Luísa Semedo, confessando que o ativismo é muito desgastante do ponto de vista psicológico. Não se pense, contudo, que está desanimada, frisa a importância do ativismo numa altura em que “ainda temos vários grupos que são discriminados”.

Luísa Semedo manifestou a sua preocupação com o avanço dos populismos na Europa, alertando para os seus possíveis efeitos sobre as comunidades portuguesas. “Quanto mais poder houver da extrema-direita mais vai impactar nos portugueses”, avisa a ativista.

Relativamente às eleições legislativa portuguesas a presidente do Conselho Regional da Europa do Conselho das Comunidades Portuguesas saudou o facto de ter havido mais portugueses no estrangeiro a votar, mas também deixou algumas críticas. “Ainda há muito a fazer. A abstenção ainda é imensa, e o sistema não funcionou corretamente”.

Confira a entrevista completa:

 

 

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