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Marcelo sobre o acidente na Madeira: excecional capacidade de resposta

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta sexta, antes de deixar a ilha da Madeira, que cumpriu as missões a que se propôs nesta visita, entre as quais homenagear as vítimas mortais do acidente com um autocarro.

O chefe de Estado aterrou na Madeira às 13:00, tendo-se dirigido logo de seguida para o local onde o autocarro turístico se despistou, na freguesia do Caniço, concelho de Santa Cruz, onde depositou uma coroa de flores.

De seguida, visitou os turistas alemães sobreviventes que se encontram hospedados num hotel junto ao local do acidente e foi também ao hospital falar com as vítimas que ainda estão internadas, entre as quais se encontram dois portugueses – o motorista do autocarro e a guia -, e respetivas famílias.

Marcelo Rebelo de Sousa participou depois numa cerimónia de homenagem aos que morreram, que decorreu na Igreja Presbiteriana do Funchal, deslocando-se de seguida para a Sé Catedral, onde participou numa cerimónia católica.

Depois, a convite do Bispo do Funchal, Nuno Brás, o Presidente da República integrou uma procissão religiosa, que saiu daquela igreja e terminou no mesmo local.

No final, quando se dirigia ao Palácio de São Lourenço para jantar com o representante da República, o chefe de Estado falou aos jornalistas e fez um balanço deste dia.

“O balanço que faço é o de que, por um lado tive oportunidade de cumprir a primeira missão, que era a missão de homenagear aqueles que nos deixaram, falar com os familiares, visitar os feridos”, afirmou, indicando que a segunda missão foi agradecer “o trabalho excecional das instituições todas”.

“Tendo cumprimentado todas, de alguma maneira cumprimentei de forma mais especial o pessoal do hospital, mas é evidente que foi um esforço coletivo, que envolveu todas as instituições, todas, que souberam estar à altura das responsabilidades”, salientou.

Marcelo apontou também que, ao participar nas duas cerimónias religiosas, uma luterana e a outra católica, conseguiu mostrar “a abertura de espírito de Portugal e da Madeira” e “juntar aqui maneiras diferentes de sentir, de viver, num dia que, para muitos que têm uma formação cristã, é muito significativo, para outros, em qualquer caso, é um dia de respeito por aquilo que se estava, de alguma maneira, a homenagear”.

“E saí daqui com uma grande determinação, como saio sempre da Madeira, que é realmente um povo muito determinado, um povo muito afirmativo, muito realizador e muito corajoso. Portanto, estão cumpridas as missões a que me propunha para o dia de hoje”, vincou.

Questionado sobre a data da trasladação dos corpos dos 29 turistas alemães para o seu país de origem, Marcelo considerou que “o embaixador alemão estava a tratar disso”.

“Ele está muito esperançado de que seja uma realidade desbloqueada rapidamente, apesar de estes serem dias, como sabem, dias em que isso não é muito fácil, este fim de semana longo, mas, até aí a Madeira tem estado à altura das circunstâncias”, vincou.

Sobre o socorro a todos os envolvidos no acidente, o Presidente notou que “foi excecional e reconhecido já ontem [quinta-feira] pelo Presidente alemão, também pelo embaixador alemão, que ainda cá está e fica para amanhã [sábado]”.

Indicado que também aqueles que ficaram feridos “elogiaram a forma como realmente houve capacidade de responder a uma situação gravíssima de emergência”, Marcelo Rebelo de Sousa vincou que “houve um juízo global muito favorável relativamente à excecional capacidade de resposta de todas as instituições que intervieram”.

Questionado ainda sobre o apuramento de responsabilidades, o Presidente disse que “isso está a acontecer naturalmente”.

“E, portanto, em si mesmo nunca tive dúvidas sobre isso”, rematou.

O Presidente da República segue ainda hoje para o continente.

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