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“Nunca o bom jornalismo foi tão necessário”

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José Luís Ramos Pinheiro, administrador do Grupo Renascença Multimédia, afirmou que “nunca o bom jornalismo e a busca da verdade foram tão necessários”, a profissionais de meios de comunicação católicos, numa conferência internacional, no Santuário de Lourdes, em França.

“A identidade católica é um ‘must’ da nossa atividade, mas não é incompatível com a independência editorial, com a busca da verdade”, disse o administrador português, esta quinta-feira, no painel ‘Somos nós a voz da Igreja?’.

José Luís Ramos Pinheiro, do grupo multimédia católico, explicou que “sem independência editorial há propaganda”, e alertou para a “tentação” que a Igreja tem, muitas vezes, em se defender “criando cortinas de fumo sobre os factos”, o que “é uma deceção, com maus resultados”, para a opinião pública, para a própria Igreja e para os jornalistas.

“Sem independência não há jornalismo, nem liberdade. Nunca o bom jornalismo e a busca da verdade foram tão necessários”, afirmou, no encontro que termina esta sexta-feira, lê-se no sítio online da Rádio Renascença.

O administrador do Grupo Renascença Multimédia foi um dos oradores na Conferência internacional ‘Como podemos fazer-nos ouvir?’, promovida pela Federação dos Media Católicos e pelo Dicastério para a Comunicação (Santa Sé), no Santuário de Lourdes.

Aos mais de 250 profissionais de meios de comunicação católicos, José Luís Ramos Pinheiro destacou também a importância da promoção da dignidade da vida humana, que “exige que os media cristãos se oponham ao aborto e à eutanásia, respeitar os limites éticos das técnicas de reprodução”, a denunciar “a pobreza e a miséria”, enquanto as “questões ecológicas” e os novos paradigmas económicos também devem ser preocupação central.

“A defesa da vida compromete-nos com a paz, contra a guerra”, acrescentou, indicando que outro tema incontornável é o dos abusos sexuais na Igreja, mas que também acontecem “na família, na escola, no trabalho, nas mais diversas circunstâncias”.

O administrador do Grupo Renascença Multimédia afirmou que “um abuso é sempre um abuso”, assinalou a necessidade dos media católicos respeitarem “a dignidade do suspeito”, e evitar a “histeria coletiva”.

“É preciso mais discernimento e menos histeria, mais reflexão e menos precipitação, mais investigação e menos imitação”, porque são “inimigas da verdade”, e “não é repetindo o que outros dizem sem provas” que se tornam “mais independentes”.

Para José Luís Ramos Pinheiro é preciso levar a Igreja “para o mundo digital”, se não querem “uma Igreja na sacristia, inerte diante do tempo e insensível às pessoas”.

“No meio de tanta contra informação, das ‘fake news’, da propaganda, da dissimulação de identidade em falsos perfis, é essencial para o bom combate. E o bom combate, hoje, passa também pela dimensão digital”, desenvolveu, informa a Rádio Renascença.

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