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O emigrante português mais famoso de Londres vai regressar

No final de 2010 António Horta Osório deixou o Santander, banco que parecia destinado um dia a liderar, para assumir a Comissão Executiva do Llodys. O maior banco de retalho do Reino Unido tinha sido intervencionado no seguimento da crise financeira e estava numa situação difícil. O banqueiro português colocou a fasquia alta e prometeu então dar a volta ao banco, resolver os problemas legais, e devolver aos contribuintes ingleses todo o dinheiro que tinham colocado na instituição. Objetivos que quase deixou a meio quando, oito meses depois de ter assumido a liderança do Lloyds (março de 2011), problemas de saúde motivados pelo excesso de trabalho, o afastaram do banco.

Muitos vaticinaram então a sua queda mas o português conseguiu recuperar, voltar à liderança do banco, e cumprir o que tinha prometido. Não só conseguiu recuperar o banco como devolveu ao estado britânico 21 mil milhões de libras, mais mil milhões do que tinha prometido.

Pelo meio ainda lidou com o escândalo dos PPI, seguros com o objetivo de proteger os créditos dos clientes se estes perdessem o emprego ou ficassem doentes, que os bancos vendiam de forma agressiva desde 1990 e que afinal era ineficientes. O Lloyds tinha a grande parte destes seguros e, poucos meses depois de entrar no banco, Horta Osório decidiu que ia pagar aos clientes. Estimou na altura perdas com os PPI na ordem dos 3,2 mil milhões de euros, afinal a fatura acabou por ser de 22 mil milhões de libras.

No meio deste turbilhão, o banco tornou-se o maior banco digital do Reino Unido com mais de 16 milhões de clientes digitais. Em 2015 voltou de novo aos lucros e em 2017 o Estado britânico saiu do capital do banco que tem maior base acionista Reino Unido com mais de 2,4 milhões de acionistas.

Segundo informação enviada às redações, o ainda CEO do Lloyds considera que as pessoas não se devem perpetuar nos cargos, para benefício das instituições e dos próprios. “A saída acontecerá depois de terminar o terceiro plano estratégico desenhado para o Lloyds para o período 2018- 2020, que tinha como principais objetivos preparar o banco para um mundo digital e contribuir para a transição do Reino Unido para uma economia de baixo carbono” refere o comunicado .

No mesmo o banqueiro deixa a seguinte mensagem: “É com um misto de emoções que anuncio a minha intenção de deixar o Lloyds Banking Group em junho do próximo ano. Foi um enorme privilégio ter contado com o apoio de uma equipa extraordinária, tanto no Conselho de Administração como no Conselho Executivo, com a qual vou continuar a contar até terminarmos a implementação do nosso plano estratégico, contribuindo para transformar o Grupo no banco do futuro.” Segundo o jornal Expresso, o futuro de Horta Osório deverá agora passar por Portugal.

 

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