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O partido mais europeísta de Portugal elegeu direção

O I Congresso do Volt Portugal (VP) elegeu sábado, por larga maioria, a direção do partido, que assume como objetivo do mandato ser um “parceiro de solução parlamentar ou de governo” e influenciar os “grandes partidos”.

No I Congresso do Volt Portugal (VP), que decorreu sábado, em Lisboa, foi eleita a única lista candidata à Comissão Política Nacional (direção), encabeçada por Tiago de Matos Gomes, eleito presidente, com 64 votos favoráveis e apenas um branco.

Para esta direção foram ainda eleitos Mateus Carvalho (vice-presidente), Ana Carvalho (secretária-geral) e Tânia Girão (tesoureira), num total de 17 membros.

“O Volt Portugal tem como ambição, numa primeira fase, tornar-se num partido charneira, ou seja, poderá tornar-se um parceiro de uma solução parlamentar ou de governo, que deverá influenciar os grandes partidos para mudar a sociedade portuguesa”, pode ler-se na moção de estratégia apresentada pela lista vencedora, aprovada momentos antes por unanimidade.

Neste texto são ainda traçados objetivos eleitorais a médio prazo, nomeadamente para as presidenciais, nas quais o partido ainda não decidiu se vai ou não apoiar algum candidato.

Durante o congresso, vários ‘volters’ priorizaram as eleições autárquicas em detrimento das presidenciais, caracterizando-as como “uma oportunidade única” para dar visibilidade ao partido e para as quais o Volt Portugal quer apresentar candidaturas nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, “de forma independente ou em parceria”.

Ainda no debate sobre as autárquicas, as opiniões divergiram quanto aos partidos a privilegiar em futuras coligações partidárias, tendo o congresso concordado em apenas excluir “forças políticas extremistas”.

O Volt Portugal é um partido que defende o federalismo europeu, a criação de um Parlamento Europeu “com iniciativa legislativa”, um Senado europeu, o estabelecimento de “um governo europeu eleito e um Presidente europeu eleito por sufrágio universal” e ainda umas Forças Armadas Europeias.

Por considerar que a dicotomia esquerda-direita está esgotada e que “o século XXI precisa de partidos do século XXI”, o Volt posiciona-se politicamente como um partido progressista, priorizando o pragmatismo na tomada de decisões políticas independentemente da ideologia.

Além da Comissão Política Nacional foram eleitos membros para o Conselho Nacional, Conselho de Fiscalização e Auditoria, Conselho de Jurisdição Nacional e o Comité de Direitos, num congresso que contou com a participação de cerca de 60 membros.

Foram ainda aprovadas duas moções estratégicas, uma sobre a importância de “decisões políticas baseadas no conhecimento científico” e outra wm defesa da descentralização.

O movimento, que surgiu em Portugal a 28 de dezembro de 2017, conta com um eurodeputado no Parlamento Europeu, Damian Boeselager, eleito pelo Volt Alemanha nas eleições de maio de 2019.

Andrea Venzon é o fundador do movimento ‘Volt Europa’, que também já é partido político na Alemanha, Bulgária, Bélgica, Espanha, Holanda, Itália, Áustria, Luxemburgo, Dinamarca, França, Reino Unido e Suécia.

 

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