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Papa recebeu bispos portugueses no Vaticano

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O Papa Francisco recebeu sexta-feira no Vaticano os bispos portugueses, que realizaram desde segunda-feira a visita ‘Ad Limina’, com encontros junto dos vários organismos da Santa Sé, com os quais falou do papel dos jovens, do Sínodo e dos vários desafios sociais.

“Penso que estamos a mudar o paradigma da Igreja e isto é muito bom”, disse o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. José Ornelas, em declarações aos jornalistas, após o encontro.

A reunião decorreu, como tem sido habitual nos últimos anos de pontificado, num registo de diálogo direto entre Francisco e os bispos presentes, sem discursos formais.

O bispo de Leiria-Fátima elogiou a “mudança de figurino” deste encontro.

“É bom também chegar aqui e encontrar na Cúria Romana, que tem a ligação do Papa com o resto da Igreja, o ambiente de acolhimento, de compreensão para discutir as coisas, mas também a liberdade de falar de problemas reais, de situações que não funcionam”, afirmou.

A visita ‘Ad Limina’ dos bispos católicos ao Vaticano foi adiada para o período posterior à JMJ Lisboa 2023, a pedido da CEP; a última tinha decorrido em setembro de 2015.

Para o bispo de Leiria-Fátima, o encontro com o Papa seguiu o “modelo do Sínodo”, em que deixou de “haver simplesmente um discurso oficial, já mais ou menos programado, para ser um encontro e uma troca de impressões e também de perspetivas”.

“Foi muito interessante, penso que não vamos esquecer”, assinalou.

O presidente da CEP apresentou a Francisco o trabalho desenvolvido, nos últimos anos, em resposta à crise dos abusos sexuais, precisando que o Papa está a “seguir” esse percurso.

“Agradeci o contributo que ele e a Santa Sé têm dado, também, para o caminho que estamos a fazer. Ele disse, simplesmente, para continuar na mesma linha”, indicou D. José Ornelas.

O responsável católico indicou que houve um debate sobre a “missão da Igreja”, perante os desafios que a sociedade apresenta.

“A Igreja não vive para si, a Igreja vive num mundo com dificuldades, mas num mundo também com perspetivas novas”, observou.

O presidente da CEP destacou que o Papa falou muito dos jovens e dos idosos, manifestando preocupações com “uma sociedade envelhecida e uma sociedade que não tem crianças e que precisa dos imigrantes”.

“Os imigrantes têm de ser acolhidos, têm de ser inseridos, têm de ser cuidados, porque vêm fragilizados e por isso têm de ser objeto de uma atenção especial da sociedade e em particular da Igreja”, acrescentou.

Para D. José Ornelas, a “chave de leitura” do Papa para a vida das comunidades católicas é a da “Igreja a caminho”, com todos “juntos”.

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