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Paulo Rangel visita Escola Portuguesa de Macau esta semana

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O presidente da fundação da Escola Portuguesa de Macau (EPM) disse esta quarta-feira à Lusa que a instituição “não tem nada para pedinchar” ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, que visita Macau no final da semana.

“Não há choradeira, não temos nada para pedinchar, não temos nada para exigir, está tudo normal”, garantiu Jorge Neto Valente.

O advogado disse esperar que Rangel “leve uma correta perceção da escola, para que é que serve, os objetivos que tem”.

“É sempre bom ter conhecimento direto, é muito melhor que nos papéis”, sublinhou Neto Valente.

“Temos de dar contas de que a escola está a cumprir o papel que se espera que ela desempenhe”, acrescentou o dirigente, recordando que o Estado português detém a maioria do capital da fundação da EPM.

Após uma visita de três dias à China continental, Paulo Rangel estará em Macau na sexta-feira, numa passagem cujo programa inclui uma visita à EPM e um encontro com o líder do Governo da Região Administrativa Especial chinesa, Sam Hou Fai.

No final de dezembro, Neto Valente disse que a fundação da EPM corre o risco de ficar sem dinheiro, caso o Estado português não contribua mais para o financiamento da escola.

Num evento no Centro Científico e Cultural de Macau, em Lisboa, o advogado disse que as despesas da EPM deverão atingir oito milhões de euros no ano letivo 2024/2025, com o Estado português a financiar apenas 10%.

“Os défices [orçamentais] que se vêm verificando nos últimos anos têm sido cobertos pela FEPM [Fundação Escola Portuguesa de Macau], e, se não forem estancados, corre-se [a fundação] o risco de ver exauridos os seus capitais a médio prazo”, disse Neto Valente, citado pelo jornal Hoje Macau.

A escola “vive, sobretudo, dos apoios do Governo de Macau, sem quaisquer interferências”, acrescentou Neto Valente.

Uma semana antes, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação português salientou o compromisso de “reduzir de forma drástica o número de alunos sem aulas” no estrangeiro, mas lembrou que é preciso ter em conta “a falta de professores em Portugal”.

Numa nota enviada à Lusa a propósito das críticas da associação de pais da EPM, o ministério detalha as razões de ter rejeitado o pedido de substituição de vários professores e vinca que noutros casos os pedidos para dar aulas em Macau foram aceites.

Na terça-feira, Rangel defendeu que a língua portuguesa “é o futuro”, num discurso proferido na Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim.

“É a língua mais falada no hemisfério sul e, até 2100, haverá mais de 600 milhões de falantes de português”, previu o chefe da diplomacia portuguesa.

O ensino do português no continente chinês registou um crescimento acelerado nos últimos 25 anos.

Há atualmente mais de 50 universidades chinesas que ensinam português, incluindo como licenciatura ou disciplina opcional, abrangendo mais de 4.300 estudantes, de acordo com dados do Instituto Português no Oriente.

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