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Petição para acabar com a união de freguesias de Matosinhos

A petição pela desagregação das freguesias da Senhora da Hora e São Mamede Infesta, em Matosinhos, vai ser entregue na Assembleia da República, depois de terem sido recolhidas mais de 4.000 assinaturas, adiantaram à Lusa os promotores.

As assinaturas, recolhidas por dois movimentos cívicos e apartidários, vão ser entregues depois de a nova Comissão do Poder Local entrar em funções, esclareceram.

Em julho de 2018, os movimentos – Movimento pela Reposição da Freguesia da Senhora da Hora e Movimento Pela Reposição da Freguesia de São Mamede de Infesta – iniciaram esta “luta”, por entenderem que os objetivos da reorganização administrativa em 2013 “não foram alcançados” nesta união.

“Não existe uma coesão territorial das duas cidades, nem sequer um maior desenvolvimento local”, realçam.

Antes de chegar ao parlamento, a proposta para a separação das freguesias foi aprovada, a 15 de outubro de 2018, pela Assembleia da União das Freguesias de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora com 18 votos a favor e três abstenções.

Posteriormente, a 12 de novembro, a Assembleia Municipal de Matosinhos deliberou por unanimidade esta desagregação com os deputados do PSD e dois independentes a abandonarem a sala em protesto.

Os impulsionadores do abaixo-assinado acreditam que a “voz do povo será ouvida e respeitada”.

O concelho de Matosinhos, no distrito do Porto, tinha em 2013 10 freguesias, passando a ter, com a reforma, quatro uniões de freguesias.

Neste caso concreto, a freguesia da Senhora da Hora agregou a de São Mamede Infesta, num total de 50.000 cidadãos.

Segundo os movimentos de cidadãos é “extremamente oneroso ou verdadeiramente impossível” uma qualquer equipa de autarcas locais dar respostas “exequíveis, eficientes e por sua iniciativa” a uma “mancha de território” com tanta população.

“Por outro lado, acrescem ainda as referidas dificuldades do facto de tal população, tal como o território, serem tão diferentes um do outro”, sublinharam.

Falando em duas cidades com identidades, património e dinâmicas próprias, os representantes dos cidadãos signatários recordaram que não houve melhoria do serviço público.

O próximo passo é reunir com os líderes dos grupos parlamentares na Assembleia da República, entregar as assinaturas e marcar uma audiência com o Presidente da República, revelaram.

Vão ainda realizar diversas iniciativas para consciencializar a população para a necessidade da reposição das duas freguesias.

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