O primeiro telescópio português de vigilância espacial já foi colocado em funcionamento na ilha Terceira, nos Açores, com o objetivo de monitorizar objetos no espaço próximos da Terra que possam constituir perigo.
Segundo comunicado do ministério da Defesa Nacional, já entrou “em operação o primeiro telescópio nacional, o AzoresTel1-S, no âmbito do Programa Europeu de Space Surveillance and Tracking (SST), que com esta iniciativa pretende “potenciar o desenvolvimento” das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
“Portugal faz hoje parte de um conjunto restrito de países com capacidade real de monitorização, caracterização e seguimento de objetos que, deslocando-se em órbitas próximas à Terra, podem constituir um perigo real para as infraestruturas espaciais e para os cidadãos na superfície da Terra (reentrada e queda na superfície de objetos vindos do espaço)”, pode ler-se na nota.
Segundo a tutela, na ilha açoriana Terceira irá também funcionar o Centro de Operações Espaciais e “prevê-se que, em breve, entre também em funcionamento, na ilha de Sta. Maria, um segundo telescópio (sensor ótico), em tudo semelhante ao AzoresTel1-S”.
“A configuração final deste sensor terá capacidade móvel, podendo vir a ser usado em qualquer parte do mundo. A conclusão desta solução móvel e definitiva deverá estar pronta até fevereiro de 2021”, adita a nota.
De acordo com a nota, o programa SST visa ainda “capacitar Portugal em áreas sensíveis e tecnologicamente diferenciadas, criando e fixando competências que contribuam para uma maior segurança nacional e internacional no espaço, e que reforcem a presença nacional na política espacial europeia”.
O novo telescópio já captou, no passado dia 10 de outubro, uma imagem “de elevada qualidade” da galáxia Andrómeda, “localizada a mais de 2,5 milhões de anos-luz de distância da Terra”.
O programa Space Surveillance and Tracking (SST) tem como objetivo “dotar a Europa de capacidades próprias de monitorização, caracterização e seguimento dos objetos na proximidade da Terra que possam constituir um perigo real não só para as infraestruturas europeias em órbita como para o acesso ao espaço e para a segurança dos cidadãos”.
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